Volkswagen Tarok: os truques da caminhonete contra Toro e Montana


A tão aguardada caminhonete intermediária Volkswagen Tarok, apresentada como conceito no Salão do Automóvel de São Paulo de 2018, enfim sairá do papel no primeiro trimestre de 2026. O projeto, também conhecido como Udara ou VW247, será na vida real uma versão simplificada do protótipo de seis anos atrás.

Isso porque a Tarok de produção trocará a base MQB-A do Taos, que estava presente na Tarok Concept de 2018, pela matriz MQB A0, menor e menos sofisticada, do T-Cross. Terá, assim, a carroceria do SUV compacto como ponto de partida para a construção de sua cabine da coluna B para frente. Dali para trás, a estrutura será inédita, com cabine dupla e caçamba.

Entre as simplificações acarretadas por essa troca está a adoção de uma suspensão traseira que não é independente, como era a da Tarok Concept. Segundo a Mobiauto, a arquitetura da picape será por eixo rígido com molas semielípticas, tal qual a da Fiat Strada. Com isso, a Tarok abdicará do conforto a bordo em prol de maior robustez, capacidade de carga e confiabilidade.

Apesar disso, o porte da Tarok será compacto-médio, parecido com o de Chevrolet Montana e Renault Oroch. Seu objetivo será brigar contra essas duas mais as versões de entrada da Fiat Toro e as versões de topo da própria Strada, equipadas com motor 1.0 turbo.

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De acordo com apurações da Autoesporte, o uso de um conjunto híbrido flex está praticamente descartado na primeira fase de comercialização da Volkswagen Tarok. Entretanto, a caminhonete tem grandes chances de ser responsável pela estreia do motor 1.5 TSI Evo2 flex de 150 cv e 25,5 kgfm de torque, em substituição ao atual 1.4 TSI.

Aliado a ele estará o conhecido câmbio automatizado de dupla embreagem com sete marchas e caixa banhada a óleo (a famosa DSG). Ainda não está certo, mas é pouco provável que haja versões mais básicas com motor 1.0 turbo de 120 cv e 20,4 kgfm de torque. Versões manuais voltadas ao trabalho estão no radar.

A produção da Volkswagen Tarok será em São José dos Pinhais (PR), junto do T-Cross. O investimento previsto ficará entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão. Sua fabricação terá um novo processo de montagem do chamado front end, o balanço dianteiro do veículo. Todo ele será montado à parte, de maneira modular, para ser integrado ao restante do veículo na fase final da linha.

O front end agrupa componentes como a alma do para-choque, a estrutura básica que liga as duas longarinas, todo o conjunto de radiador e eletroventilador, mangueiras de água e de ar-condicionado, suporte de faróis e para-choque, intercooler (em caso de motor turbo) e a travessa crash box.

A projeção, meramente ilustrativa, é de João Kleber Amaral. Apesar da chegada da Tarok, a Saveiro deve ser mantida em linha como picape de entrada da marca, posicionada entre R$ 100 mil e R$ 120 mil. A Tarok deve custar entre R$ 120 mil e R$ 180 mil.

Embora o nome Tarok seja usado diuturnamente por engenheiros da Volkswagen para se referir ao modelo, mais até do que Udara ou o código VW247, nada garante que ele será usado de fato para batizar a versão de produção. Basta ver o Taos, que antes de ser lançado era chamado internamente de Tarek.

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Fonte: direitonews

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