Lançado no Brasil em 2019, o Volkswagen T-Cross marcou a estreia da marca no segmento de SUVs compactos nacionais. Derivado da plataforma MQB, mesma de Polo e Virtus, o modelo se destacou logo de início pelo bom comportamento dinâmico, conjunto mecânico eficiente e bom nível de conectividade e segurança desde as versões de entrada. Sua proposta era clara: entregar a dirigibilidade de um hatch com a postura e a versatilidade de um SUV.
Mesmo enfrentando rivais consolidados como Jeep Renegade, Nissan Kicks e Honda HR-V, o T-Cross logo assumiu papel de destaque no mercado, sendo por diversas vezes o SUV mais vendido do Brasil. Antes da reestilização de 2023, foi vendido com diferentes opções de acabamento e dois motores turbo, 1.0 e 1.4. Este guia ajuda a entender quais versões entregam mais por menos, os pontos fortes do modelo e o que observar ao buscar um exemplar usado.
Com 4,19 metros de comprimento, 1,76 m de largura e 1,56 m de altura, o T-Cross é um dos SUVs compactos mais curtos do segmento, o que favorece a dirigibilidade urbana e a agilidade no trânsito. O entre-eixos de 2,65 metros, maior que o de muitos rivais, garante bom espaço interno, especialmente para quem viaja nos bancos de traseiros.
O porta-malas tem capacidade entre 373 e 420 litros, dependendo da posição dos bancos traseiros corrediços. A cabine agrada pelo bom aproveitamento do espaço, comandos intuitivos e boa ergonomia para o motorista.
Dependendo da versão, os materiais do painel e portas são simples, com predomínio de plásticos rígidos. O nível de acabamento melhora nas versões Comfortline e Highline, que podem incluir revestimentos em couro sintético, bem como apliques brilhantes ou em black piano.
Todas as versões do T-Cross pré-reestilização usam motores da família TSI. O motor 1.0 TSI de três cilindros equipa as versões 200 TSI e Comfortline e entrega até 128 cv com etanol e torque de 20,4 kgfm, com câmbio automático de seis marchas. Entretanto, é possível encontrar algumas raras unidades com câmbio manual de 6 marchas nas linhas 2020 e 2021. Leve e eficiente, esse conjunto oferece bom desempenho no uso urbano e consumo comedidamente baixo.
A versão topo de linha, a Highline, utiliza o motor 1.4 TSI de quatro cilindros, com até 150 cv e 25,5 kgfm de torque, o mesmo motor do Golf, Tiguan, além de Polo e Virtus GTS. Também acoplado ao câmbio automático de seis marchas, esse motor garante acelerações mais rápidas e maior fôlego em retomadas, sendo ideal para quem roda com mais carga ou em estradas.
Não há opção de tração integral e todas as versões utilizam suspensão traseira por eixo de torção. A direção elétrica progressiva e a suspensão bem calibrada para o uso urbano garantem uma condução estável e segura, com destaque para a boa rolagem de carroceria e controle eletrônico de estabilidade de série em toda a linha.
Desde o lançamento, o T-Cross se destacou por oferecer um bom pacote de segurança e conectividade em todas as versões. A lista inclui controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, seis airbags, direção elétrica, ar-condicionado, sistema de som com Bluetooth e portas USB.
A versão de entrada, chamada simplesmente de 200 TSI, oferece rodas de aço aro 16 com calotas, painel com mostradores analógicos e central multimídia mais simples. Mesmo assim, conta com o banco traseiro corrediço, ajuste de altura do banco do motorista e volante multifuncional. O ar-condicionado é manual e os vidros elétricos estão presentes nas quatro portas.
Por outro lado, a versão Comfortline 200 TSI traz visual externo mais refinado com rodas de liga leve aro 17, sensores de estacionamento, câmera de ré, chave presencial, ar-condicionado digital, volante com revestimento em couro, paddle shifts e central multimídia VW Play ou Composition Touch com espelhamento via Android Auto e Apple CarPlay. Essa versão também permitia a inclusão de pacotes opcionais como teto solar panorâmico e sistema de som Beats.
Já a Highline 250 TSI é a única com o motor 1.4 turbo e se posicionava como a versão topo de linha. Traz de série todos os itens da Comfortline e detalhes cromados, faróis full-LED, acabamento interno mais sofisticado, bancos em couro sintético, painel digital (Active Info Display), sensores dianteiros e traseiros, modos de condução e rodas aro 17 com desenho exclusivo. O sistema de som premium Beats e o teto solar também estavam disponíveis como opcionais.
Além dessas versões regulares, a Volkswagen teve a série especial First Edition, oferecida no lançamento. Ela combinava o visual do Highline com o motor 1.0 TSI e trazia pintura bicolor, além de rodas diamantadas.
Existe também a configuração Sense, que era destinada ao público PCD com uma lista essencial de conveniência como ar-condicionado, direção assistida no pacote com motor 1.0 TSI, câmbio automático e rodas de aço, mantendo os seis airbags e o controle de estabilidade.
O Volkswagen T-Cross pré-facelift é uma das opções mais equilibradas entre os SUVs compactos usados, especialmente pelo bom desempenho dos motores turbo, o pacote de segurança completo desde a versão de entrada e a dirigibilidade semelhante à de um hatch médio.
As versões Comfortline se destacam pelo bom custo-benefício e nível de equipamentos, enquanto a Highline é ideal para quem busca desempenho superior e mais requinte a bordo. Com manutenção acessível, ampla rede de assistência e mercado de reposição bem servido, o T-Cross é uma escolha racional, mas que também agrada quem valoriza tecnologia e prazer ao dirigir.
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Fonte: direitonews