Volkswagen produzirá Tarok e Virtus no PR em investimento de R$ 3 bilhões


Para comemorar os 25 anos da fábrica em São José dos Pinhais (PR), a Volkswagen se presenteou com duas novidades: a produção do sedã Virtus e de uma “inédita picape”, a Tarok, nos próximos anos. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (17) pelo presidente da VW do Brasil, Ciro Possobom, que também confirmou que R$ 3 bilhões serão investidos na operação.

A decisão se baseia no fato de o Virtus compartilhar não apenas a matriz MQB A0 com o T-Cross — que já é fabricado no Paraná —, mas também o entre-eixos de 2,65 metros. Isso facilita a adaptação dos pontos de fixação para a montagem do sedã.

Além disso, o objetivo é abrir espaço na fábrica de São Bernardo do Campo (SP) — onde é produzido atualmente — para a construção do primeiro modelo da família Tayron, construída sobre a plataforma MQB Hybrid (conhecida na Europa como MQB Evo). O modelo híbrido, que será produzido por lá e lançado a partir de 2027, será o sucessor direto do Tiguan Allspace.

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É justamente por esse motivo que, em um primeiro momento, a fabricação do Virtus será compartilhada com a planta do ABC Paulista. O cronograma prevê a migração completa da produção para o Paraná somente em 2027.

Autoesporte, aliás, já havia apurado que a fabricante estava montando unidades do Virtus em São José dos Pinhais em caráter experimental desde o fim de abril, a fim de promover ajustes nas linhas. Esta operação deve durar até 2025, quando a marca vai iniciar oficialmente a produção em série compartilhada com a fábrica em São Paulo.

Durante a transição, entrará em linha a caminhonete Tarok (que pode ter um nome definitivo diferente), compartilhando a cabine com o T-Cross, porém com um entre-eixos maior que deve ficar na faixa dos 2,80 m. A picape inédita terá porte compacto-médio, entre Saveiro e Amarok, e brigará contra Chevrolet Montana, Fiat Toro e Renault Oroch.

A caminhonete tem grandes chances de ser responsável pela estreia do motor 1.5 TSI Evo2 flex de 150 cv e 25,5 kgfm de torque, em substituição ao atual 1.4 TSI. Aliado a ele estará o conhecido câmbio automatizado de dupla embreagem com sete marchas e caixa banhada a óleo (a famosa DSG). A Tarok deve custar entre R$ 120 mil e R$ 180 mil.

O modelo até já foi flagrada rodando perto da fábrica de São Bernardo do Campo. Os testes ainda são feitos sob uma “mula” do próprio Virtus para esconder qualquer tipo de pista. Isso acontece quando o protótipo ainda não está com sua carroceria definitiva e usa elementos de outro carro, mas com as dimensões e motorização definitivas.

Vale lembrar que o aporte de R$ 3 bilhões anunciados pela Volkswagen faz parte do investimento de R$ 9 bilhões que a marca vai aplicar no Brasil até 2028. Esse valor total ainda se soma aos R$ 7 bilhões apresentados em 2023. No total, R$ 16 bilhões serão investidos na América do Sul. Com o montante, a fabricante alemã promete lançar 16 novos produtos no país até 2028.

Além da Tarok, a Volkswagen vai usar os recursos para produzir um SUV de entrada em Taubaté (SP), dois novos produtos ainda misteriosos em São Bernardo do Campo (SP) e um novo motor híbrido flex em São Carlos (SP).

Entre os novos produtos, o mais relevante é o projeto VW246: um SUV compacto menor que Nivus e T-Cross que chega em 2026 e deverá ocupar a faixa de preços entre R$ 100 mil e R$ 130 mil. Antes, chegarão reestilizações discretas do Nivus, da Amarok e o novo Golf R, que virá importado. Vale lembrar que o novo T-Cross já foi lançado.

Em 2026 é a vez de o Tiguan ter um substituto. Será um SUV de 7 lugares baseado no Tayron chinês. Além de ser um modelo completamente novo, trata-se de um carro híbrido. E é no mesmo ano que a Tarok começa a ser vendida no Brasil.

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Fonte: direitonews

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