O Volkswagen Nivus 2025 chegou com algumas novidades. Autoesporte já testou o SUV compacto, que é vendido em duas versões: Comfortline (R$ 136.990) e Highline (R$ 153.990). O motor é o mesmo, o 200 TSI, ou seja, 1.0 turbo flex de três cilindros em linha com 12 válvulas e injeção direta, que entrega até 128 cv e 20,4 kgfm. O câmbio automático de seis marchas também segue igual. O modelo melhorou o consumo e ainda ficou mais rápido. Mas, como isso aconteceu sem mudar o motor?
Autoesporte levou o Nivus 2025 até o Rota 127 Campos de Provas, em Tatuí (SP), para fazer o teste na prática. Antes, vamos relembrar os números do SUV compacto antes da reestilização.
O consumo de combustível teve uma pequena melhora devido a uma leve calibração do motor e da nova entrada de ar posicionada no lugar dos faróis de neblina – falaremos disso em breve. Nosso teste foi com gasolina no tanque, portanto, vamos usar este combustível como parâmetro de comparação. Segundo o Inmetro, o Nivus 2025 faz médias de 12,4 km/l na cidade e 14,8 km/l na estrada. Na linha 2024, os índices eram 12,1 km/l e 14,2 km/l, respectivamente.
No teste da Autoesporte, houve uma evolução ainda mais considerável da linha 2025 para 2024: 13,4 km/l na cidade e ótimos 16,8 km/l na rodovia. Na comparação com os números da Volkswagen na linha 2025, nas nossas medições a superioridade foi de 1 km/l na cidade e 2 km/l na rodovia.
Nos dados de fábrica da Volkswagen, a aceleração de 0 a 100 km/h do Nivus diminuiu de 10,5 s na linha 2024 para 10,4 s na 2025. Nas medições da Autoesporte a marca foi exatamente a mesma da fabricante: cravando 10,4 s. Outra curiosidade é que a velocidade máxima está 4 km/h melhor em comparação com a pré-reestilização: foi de 188 km/h para 192 km/h.
O Nivus 2025 não tem farol de neblina, mas sim essa pequena entrada de ar colocada no lugar, como já mencionado no início da matéria. E é justamente isso que ajuda a entender a melhoria de consumo e desempenho. De acordo com Volkswagen, essa alteração otimiza a aerodinâmica do carro, diminuindo a resistência do SUV ao ar no deslocamento.
A Volkswagen afirmou que o motor foi devidamente ajustado para atender às regras do Proconve L8, por isso melhorou os seus números de consumo. Você já deve ter lido muitos artigos na Autoesporte que mencionam o Proconve, sigla para Programa de Controle de Emissões Veiculares. L8 se refere à oitava fase da legislação, criada no Brasil nos anos 1990 e que se encontra, atualmente, em sua sétima etapa, a L7. É equivalente ao programa europeu de emissões Euro 6.
O Proconve L8 entrará em vigor no ano que vem e será dividida em três ciclos: o primeiro, mais brando, entre 2025 e 2026; o segundo, mais rígido, entre 2027 e 2028; o terceiro, ainda mais restritivo, a partir de 2029. Para se ter uma ideia, enquanto a sétima fase do programa exige um máximo de emissões de 80 mg/km de Nmog + Nox (gases orgânicos não metanos + óxidos de nitrogênio) para carros de passeio, a oitava reduzirá o teto para 50 mg/km.
A diferença é que, se no L7 a conta é por unidade comercializada, no L8 ela levará em conta a média da frota. Ou seja, carros com índices mais baixos de emissão podem compensar modelos que extrapolam o limite. Autoesporte já fez até uma lista com motores que irão sair de linha na nova legislação.
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Fonte: direitonews