Volkswagen Jetta GLI tem preço a seu favor, mas é suficiente para encarar o Honda Civic?


Depois de comparar o novo Honda Civic com o Toyota Corolla Cross, chegou a vez de colocar o desempenho do sedã japonês à prova mais uma vez. Para isso, nada melhor do que comparar o modelo importado da Tailândia com outro sedã esportivo. O escolhido foi o Volkswagen Jetta.

De um lado, o elegante e eficiente. Do outro, o descolado e esportivo. Honda Civic e Volkswagen Jetta GLI podem até ser do mesmo segmento, mas têm propostas bem diferentes. Com o Toyota Corolla em um patamar de preço abaixo, o sedã médio da VW tenta a sorte contra a nova geração do japonês. E foi um toma lá, dá cá…

O Jetta GLI, que vem do México, sai na frente logo de cara por ser mais barato: R$ 226.990 — o Civic, agora importado da Tailândia, bate à porta dos R$ 245 mil. Só que a vantagem monetária do VW vai logo embora no quesito consumo.

Por ser híbrido, o Civic chega a fazer mais de 18 km/l na cidade, segundo o Inmetro. Em nossos testes, os resultados foram ainda melhores, com impressionantes 26,9 km/l no ciclo urbano e 21,9 km/l no rodoviário. O Jetta tem médias de 9,9 km/l (cidade) e 12,2 km/l (estrada).

Apesar de o Jetta GLI ter todo o conceito baseado na esportividade, nos 231 cv do 2.0 turbo e na rapidez do câmbio de dupla embreagem e sete marchas, a diferença de desempenho em relação ao Honda, que em teoria poderia ser grande, é bem próxima.

O GLI é mais rápido no zero a 100 km/h (6,6 s contra 7 s) e em todas as medições de retomadas de velocidade. Mas o Civic não fica muito atrás… A explicação é que o sedã da Honda é uma espécie de carro elétrico com autonomia estendida. Usa basicamente eletricidade para se movimentar enquanto a unidade a combustão fornece energia para as baterias.

A disputa segue apertada no que se refere à dinâmica. A experiência de dirigir o Jetta GLI é mais sensorial. Tem barulho, adrenalina quando os giros sobem rápido, entrega de torque com direito a cantadas de pneu, bom trabalho da transmissão DSG e uma direção assertiva.

O Civic brinda o motorista também com uma precisão rara ao volante, mas seu comportamento é mais sereno, silencioso e não empolga quem dirige. Por sua vez, tem belíssimos bancos e uma posição de guiar mais elaborada e confortável.

Já que estamos no interior, as percepções são diferentes. O Jetta tem inserções clichê em vermelho para conotar esportividade que se misturam a materiais emborrachados e plásticos duros.

O Civic é a cara da elegância, principalmente na tela em formato de colmeia que corre por todo o painel e cobre as saídas de ar. Porém, fora isso, a finalização do Honda é sóbria, com o tom preto sendo quebrado pelas maçanetas prateadas e portas revestidas de couro branco — também presente nos assentos.

Já o Jetta tem um ar mais tecnológico com o painel de instrumentos digital e o multimídia mais radiantes do que o grafismo genérico dos gadgets do Civic.

O panorama volta a ficar parelho nos equipamentos; porém, no quesito segurança, o Civic traz o pacote Honda Sensing, um dos mais avançados do Brasil. Inclui frenagem automática de emergência e alerta de saída de faixa com correção no volante. O controlador de velocidade adaptativo (ACC), além de seguir o veículo da frente, é capaz de parar completamente o carro e retomar o movimento assim que o trânsito fica livre.

A disputa foi acirrada. No entanto, mesmo sendo quase R$ 20 mil mais caro, o Civic consegue reunir atributos para vencer o competente e emocional Jetta GLI.

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Fonte: direitonews

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