Volkswagen investirá R$ 9 bilhões em novo SUV, picape e híbridos nacionais


A Volkswagen é mais uma fabricante a anunciar investimentos no Brasil após o governo lançar o programa de incentivo à indústria e estabelecer um novo regime para o setor automotivo. A marca alemã irá investir R$ 9 bilhões no país até 2028.

Esse valor se soma aos R$ 7 bilhões anunciados em 2023, totalizando R$ 16 bilhões investidos na América do Sul. No período, A Volkswagen promete lançar 16 novos produtos no Brasil, incluindo cinco que já estavam previstos para 2024 e 25.

Segundo a fabricante, os recursos serão usados para produzir um SUV de entrada em Taubaté (SP), uma picape em São José dos Pinhais (PR), dois novos produtos ainda misteriosos em São Bernardo do Campo (SP) e um novo motor híbrido flex em São Carlos (SP). Também servirá para renovar todo o portfólio de produtos nacionais da marca e trazer novos importados.

Ainda que a Volkswagen não tenha detalhado como o dinheiro será usado, Autoesporte apurou que haverá novidades em segmentos importantes do mercado brasileiro. A mais relevante será o chamado “SUV do Gol”, conhecido como projeto VW246. Estamos falando de um SUV compacto menor que Nivus e T-Cross que chega em 2026 e deverá ocupar a faixa de preços entre R$ 100 mil e R$ 130 mil. Será lançado no primeiro trimestre do ano que vem, com motor 1.0 TSI com 116 ou 128 cv.

Antes disso, entre esse ano e 2025, chegarão reestilizações discretas dos próprios Nivus e T-Cross, além da picape Amarok e o novo Golf R, que virá importado.

Em 2026 é a vez de o Tiguan ter um substituto. Será um SUV de 7 lugares baseado no Tayron chinês. Além de ser um modelo completamente novo, trata-se de um carro híbrido. Nesse mesmo ano, chegará a picape, que deve se chamar Tarok, mas será uma versão final simplificada da Tarok Concept apresentada em 2018. Terá plataforma MQB A0 e herdará a estrutura do T-Cross. Terá motor 1.5 TSI Evo2 de 150 cv, sem eletrificação na primeira fase de seu projeto.

Já que estamos falando de carros híbridos, certamente boa parte do investimento anunciado nesta quinta-feira (1) será para eletrificar os carros nacionais da Volkswagen. Isso acontecerá por meio da estreia de uma plataforma chamada MQB Hybrid, que poderá dar origem a carros com os três tipos de tecnologia híbrida: leve, plena e plug-in. Todos serão flex.

Certamente a MQB Hybrid vai aproveitar a chegada do motor confirmado para a fábrica de São Carlos (SP). É o 1.5 TSI Evo2, uma evolução do atual 1.4 TSI.

Esse motor servirá para equipar os primeiros produtos híbridos flex nacionais da Volkswagen, que devem ser produzidos em São Bernardo do Campo (SP) a partir de 2027. Os dois são produtos ainda misteriosos, mas devem ser SUVs de porte compacto-médio e médio, pois trarão a arquitetura MQB Evo da Europa, uma evolução da plataforma MQB-A do Taos.

Em novembro, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC anunciou que o órgão e a marca alemã chegaram a um acordo, após seis semanas de negociações, para estender os investimentos na fábrica pelos próximos cinco anos, o que permitirá a produção de dois carros híbridos na unidade de São Bernardo do Campo.

Na apresentação dos novos investimentos, o CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom disse que a lista de 16 lançamentos inclui carros elétricos, mas que eles serão importados. “Estamos estudando fortemente [produzir elétricos no Brasil]. Mas não estão incluídos nesse pacote.

Devem ficar para o final da década”, disse. Ou seja, será preciso uma nova rodada de investimentos para que a Volkswagen produza carros elétricos no Brasil.

A lista de 16 carros deverá ser completada por renovações de produtos como T-Cross, Nivus, Amarok, Polo, Virtus e Taos, incluindo versões com motores híbridos. Contemplará, ainda, importados como os irmãos Tayron e Tayron X, que serão lançados para substituir o Tiguan no mercado brasileiro.

O anúncio da Volkswagen acontece oito dias depois de a Chevrolet comunicar investimento de R$ 7 bilhões até 2028. Ainda em fevereiro, a Stellantis, dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën deve divulgar um aporte no país. As três empresas são as maiores fabricantes de veículos do Brasil, com mais de 60% do mercado nacional.

Além delas, a BYD disse que vai começar a aplicar os R$ 3 bilhões prometidos em 2023 e iniciar as obras da fábrica de Camaçari (BA) nas próximas semanas.

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Fonte: direitonews

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