O Volkswagen Golf GTI retorna ao Brasil seis anos após deixar de ser produzido em São José dos Pinhais (PR). Agora em sua oitava geração, o hatch importado da Alemanha chega ao país em versão única por R$ 430 mil (com bancos de tecido) ou R$ 445 mil (bancos de couro). As entregas começam em março de 2026, mas nem todos poderão chamá-lo de “meu”.
Isso porque a Volkswagen se inspirou na Ferrari para garantir que as poucas unidades do hatch sejam adquiridas por clientes selecionados. Para ter acesso à pré-venda, que se inicia neste sábado (6), com sinal de 10%, o interessado deverá comprovar que já teve um esportivo das linhas GTS, GLI ou GTI, ou então modelos de Audi ou Porsche. Só uma unidade será registrada por CPF ou CNPJ.
Caso seja aprovado, o cliente entrará no GTI Experience Club e receberá em sua casa um kit com brindes personalizados, e ainda terá acesso a pistas e eventos exclusivos da Volkswagen. O hatch tem três anos de garantia.
O Volkswagen é equipado com o conhecido motor 2.0 turbo de quatro cilindros a gasolina, com injeção direta, da família EA888. É o mesmo que está presente no Jetta GLi, mas com uma calibração mais agressiva no hatch. Já o câmbio automatizado de dupla embreagem (DSG) tem sete marchas e engrenagens banhadas a óleo. As trocas podem ser feitas por paddle-shfiters atrás do volante.
No entanto, neste retorno ao Brasil, o Golf GTI terá motor 2.0 TSI mais “manso” do que sua versão europeia, como consequência das regras de emissões do Proconve L8 e das características da gasolina local, que tem entre 25% e 30% de etanol. O “spec” brasileiro do hot hatch dispõe de 245 cv de potência (20 cv a menos que o europeu) e 37,7 kgfm de torque (3,8 kgfm a menos).
A versão brasileira do hatch pode acelerar de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos — o que também representa um decréscimo em comparação com o europeu, que cumpre a marca em 5,9 s.
Diferenças em comparação com o GTI europeu também surgem no pacote de equipamentos. A versão brasileira não terá os faróis de LED com sistema matricial IQ.Light e nem as lanternas traseiras com grafismos 3D. A Volkswagen optou por peças mais simples (e de manutenção mais em conta).
Mas nem só de decréscimos vive o GTI brasileiro. Teto solar elétrico, que é opcional na Europa, será item de série no Brasil. A Volkswagen vai disponibilizar duas opções de revestimento para os bancos, que podem ser de tecido com acabamento xadrez — como no hatch clássico dos anos 1970 — ou de couro premium com função de aquecimento. É a alteração que faz seu preço variar em R$ 15 mil.
Já as rodas de 19 polegadas serão as mesmas do Golf R, a versão de série mais extrema do hatch. Na Europa, são calçadas com pneus nas medidas 235/35 R19.
De certa forma, os hatches médios esportivos “ressuscitaram” no Brasil, primeiro com a chegada da dupla japonesa Honda Civic Type R e Toyota GR Corolla em 2023, e agora com o retorno do GTI.
Com o pacote de equipamentos revelado, podemos confirmar que o Golf manteve o padrão da versão europeia. Por isso, há central multimídia flutuante MIB4 de 12,9 polegadas com conexão sem fio para Apple CarPlay e Android Auto. Já o quadro de instrumentos é digital e de 10,2″.
Na cabine, destaque também para freio de estacionamento eletrônico, seleção de modos de condução (Normal, Esporte, Eco e Individual), bancos dianteiros com aquecimento e suporte lombar, carregamento do celular por indução e ar-condicionado “Climatronic“ de três zonas.
Para dar uma cara ainda mais esportiva ao hatch, a Volkswagen instalou pedais em aço inoxidável escovado e freios a disco dianteiros e traseiros coloridos. Quanto ao pacote de segurança, uma série de babás eletrônicas compõem o pacote Adas.
Entre os principais itens de segurança do hatch compacto estão seis airbags, controle adaptativo de velocidade e distância, frenagem autônoma de emergência com monitoramento para ciclistas e pedestres, assistente de condução, de permanência e de mudança de faixa, câmeras multifunção, controle eletrônico de estabilidade, direção progressiva, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, e monitoramento de pressão dos pneus.
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Fonte: direitonews