O avanço dos planos de eletrificação foi o destaque do anúncio dos resultados financeiros globais do Grupo Volkswagen, nesta terça-feira (14), em Berlim (Alemanha), além das boas margens alcançadas pela empresa. O encontro aconteceu em um clima de otimismo e teve anúncios de investimentos em tecnologia, mas sem espaço para países fora da Europa, China e América do Norte.
Oliver Blume, CEO do Grupo Volkswagen, respondendo sobre os planos de descarbonização para o Brasil: “O Brasil está incluído no plano de investimento, mas quanto aos elétricos o quadro não é tão bom. Não exclui para o futuro, mas é preciso levar em conta a legislação. Brasil, África do Sul e Índia terão outras soluções, que serão desenvolvidas ao mesmo tempo.”
Das marcas do Grupo Volkswagen, Audi e Porsche têm modelos movidos a energia elétrica no Brasil. A Volkswagen, por outro lado, é uma das poucas a não atuarem nesse segmento. Mas ensaios não faltaram. No ano passado, a marca trouxe ID.3 e ID.4 para testes.
Mais recentemente, foi a vez de a ID.Buzz, uma espécie de sucessora elétrica da lendária Kombi dar as caras. Mas sem qualquer confirmação de lançamento em nosso mercado.
O grupo planeja investir 180 bilhões de euros (o equivalente a R$ 1 trilhão) entre 2023 – 2027 nos negócios que geram mais lucro e nas regiões mais atrativas, com mais de dois terços atribuídos à eletrificação e digitalização. A nova fábrica de baterias no Canadá é um exemplo.
Esse valor inclui os R$ 7 bilhões anunciados para a América Latina entre 2022 e 2026, com previsão de 15 lançamentos, entre veículos a combustão e elétricos. Sete desses carros já foram apresentados, ou seja, entre os oito restantes pode-se esperar elétricos como os SUVs ID 3 e 4 e o utilitário ID Buzz, substituto da velha Kombi.
Enquanto isso, as vendas de veículos elétricos do grupo cresceram 26% — e 2023 ainda deve ter importantes lançamentos, como o ID.7, uma espécie de sucessor do Passat. O conglomerado ainda comemora a liderança nesse mercado na Europa e o aumento nas entregas na China em impressionantes 68%.
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Fonte: direitonews