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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) cassou nesta terça-feira (24) o Certificado de Operador Aéreo (COA) da Passaredo Transportes Aéreos, principal companhia do grupo Voepass. A decisão é definitiva e ocorre após a queda de uma aeronave operada pela empresa em Vinhedo (SP), em 9 de agosto de 2024, que deixou 62 mortos.
Desde o acidente, a Anac iniciou uma fiscalização rigorosa sobre os processos internos da companhia. De acordo com a agência, foram encontradas falhas “graves e persistentes” no Sistema de Análise e Supervisão Continuada (SASC), como a ausência de inspeções obrigatórias. A empresa chegou a corrigir os problemas, mas reincidiu nas irregularidades.
“É importante ressaltar que problemas operacionais podem ser encontrados e corrigidos em empresas aéreas. No entanto, o que a Anac identificou, no caso da Voepass, foi a perda de confiabilidade dos mecanismos internos de detecção e correção de problemas, além da caracterização de um desvio dos procedimentos de manutenção estabelecidos para a empresa. Ou seja, a estrutura da empresa deixou de oferecer garantias de que eventuais falhas seriam tratadas antes de comprometer a segurança das operações”, afirmou a Anac em nota oficial.
As operações da companhia estavam suspensas cautelarmente desde 11 de março de 2025. Agora, com a cassação do COA, a empresa está impedida de retomar qualquer atividade aérea. A Anac também aplicou uma multa de R$ 570,4 mil à Voepass.
Em meio à crise, a Voepass ingressou com um pedido de recuperação judicial em 22 de abril deste ano, alegando dívidas superiores a R$ 400 milhões. A situação financeira da empresa se agravou após a tragédia de agosto de 2024, levando à paralisação de voos, redução de equipes e perda de contratos comerciais.
Fonte: gazetabrasil