Vizinha da Ucrânia: Moldávia tem aprovação de 80% dos eurodeputados para ingresso na União Europeia


A resolução que pede o início das negociações oficiais para a entrada da Moldávia no bloco foi aprovada na última quinta-feira (5). A expectativa é que o processo seja concluído até o fim do ano.
Porém a União Europeia quer que o governo local siga com as reformas exigidas pelo bloco.
“Mais de 80% dos deputados europeus apoiam a Moldávia, e existe a possibilidade de que até o final deste ano a decisão seja positiva, conforme exigido e apoiado pelo Parlamento Europeu em sua resolução. Se houver progresso nas nove reformas até o final do ano, as negociações para a adesão à UE começarão”, pontua Siegfried Muresan.
Bandeiras da União Europeia e da Ucrânia fora da sede do Conselho Europeu em Bruxelas, Bélgica, 16 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 04.10.2023

Candidaturas travadas

Os chefes de Estado e de governo da União Europeia, em 23 de junho de 2022, na cúpula de Bruxelas, aprovaram a candidatura à União Europeia para Ucrânia e Moldávia.
Há países esperando há mais de 20 anos pelo ingresso à UE. É o caso da Turquia, que tem um estatuto de candidatura desde 1999. Já a Macedônia do Norte fez o pedido em 2005, Montenegro, em 2010, e Sérvia, em 2012. A Croácia foi o último país que se juntou à União Europeia, há dez anos.

Até 2030

Em agosto, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, chegou a declarar que a União Europeia deve estar preparada para aceitar novos Estados-membros até 2030, iniciando um debate existencial sobre ampliação que deve dominar as discussões de alto nível dentro do bloco até o final do ano.
A operação militar especial russa na Ucrânia teria ressuscitado a política de ampliação da UE. Bruxelas tornou a Ucrânia, a Moldávia e a Albânia países candidatos e instigou um debate interno sério sobre como o bloco poderia acomodar até oito novos membros.
Quem lidera o financiamento do conflito na Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 05.10.2023

Bloco em crise

Mais de um ano e meio após o início da operação militar especial russa na Ucrânia, o apoio da União Europeia ao país já não é mais unânime e tem gerado problemas ao bloco. Nos últimos meses, a UE também passou os Estados Unidos para se tornar o principal financiador do regime de Vladimir Zelensky — 77,1 bilhões de euros (R$ 397,3 bilhões). Ainda nesta semana, o ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, revelou que o apoio unilateral ao país do Leste Europeu está ameaçado.
Estudo do Parlamento Europeu revelou que cerca de dois terços da população do bloco já mostram “alguns efeitos do cansaço” com o conflito: 65% não estão confiantes que suas vidas vão continuar inalteradas.
Outra situação que abalou a estabilidade do bloco foi a saída do Reino Unido, em 2018, conhecida como Brexit — foi a primeira vez que um país deixou a União Europeia. Desde então, parlamentares de outros países também passaram a ventilar uma saída do grupo.

Fonte: sputniknewsbrasil

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