“Se as sanções fossem suspensas, os preços de imediato baixariam pela metade, a inflação também seria reduzida. Sem sanções, a economia europeia se recuperaria e poderia evitar uma recessão que está se aproximando”, cita as palavras de Orbán o jornal Magyar Nemzet.
Tal declaração foi feita pelo líder húngaro durante a reunião da coligação governista húngara entre o partido Fidesz – União Cívica Húngara e o Partido Popular Democrata-Cristão.
O primeiro-ministro da Hungria voltou a salientar que as sanções contra a Rússia são responsáveis pelos problemas econômicos atuais, crise energética e uma inflação alta.
“Quanto em Bruxelas, no início do verão [do Hemisfério Norte], foram impostas estas sanções, os euroburocratas não o prometeram. Pelo contrário, prometeram que as sanções atacariam a Rússia, mão não os europeus. Desde então, ficou claro que as sanções introduzidas prejudicam mais a Europa do que a Rússia”, sublinhou.
Orbán apelou para os membros da coligação governista “fazerem todo o possível para que a Europa suspendesse estas sanções até o fim do ano”.
O primeiro-ministro húngaro tem criticado a União Europeia pelas políticas antirrussas. Ele salientou que milhares de medidas sancionatórias foram impostas contra a Rússia, mas não danificaram Moscou, enquanto a Europa já perdeu quatro governos e está passando por uma crise econômica e política profunda.
Além disso, segundo Orbán, os países da União Europeia perderam a oportunidade de atuar como mediadores no conflito ucraniano, já que não conseguiram garantir o cumprimento dos acordos de Minsk.
Após o início da operação militar especial russa para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, o Ocidente endureceu a pressão sancionatória contra Moscou: os ativos russos no valor de centenas de bilhões de dólares foram congelados, com a União Europeia já tendo aprovado sete pacotes de restrições, incluindo o embargo ao carvão e ao petróleo russos.
O Kremlin chamou estas medidas de “guerra econômica”. Conforme enfatizou o presidente russo Vladimir Putin, conter e enfraquecer o Ocidente é uma estratégia do Ocidente a longo prazo, enquanto as sanções têm prejudicado de forma severa toda a economia mundial. As populações dos países europeus já enfrentaram a alta dos preços dos alimentos, combustíveis e eletricidade, com as autoridades tendo de introduzir medidas de austeridade em meio à crise energética.