Da Redação
A Bronca Popular
Durante as eleições, é comum que candidatos se apresentem como renovadores da política, comprometidos com a ética e o interesse público. No entanto, no exercício do mandato, muitos deixam esses discursos para trás, cedendo a práticas da velha política.
Esse parece ser o caso da vereadora novata Evânia Félix, de Tangará da Serra.
Em discurso na tribuna da Câmara na última terça-feira, a parlamentar demonstrou preocupação com sua reeleição em 2028, revelando incômodo por não obter respostas do secretário de Saúde, Wellington Bezerra.
O motivo? A tentativa de beneficiar eleitores com atendimento prioritário na fila de exames e no sistema de regulação.
A interferência direta de parlamentares na saúde pública é uma prática condenável, configurando tráfico de influência e ferindo a isonomia do atendimento.
O cidadão comum, sem apadrinhamento político, acaba prejudicado por essa ingerência.
Felizmente, o secretário Bezerra tem resistido a tais pressões, mantendo a transparência na gestão da saúde municipal.
Os números confirmam o avanço da saúde pública em Tangará da Serra.
Entre março de 2023 e janeiro de 2025, foram realizados 8.271 procedimentos cirúrgicos, incluindo:
-
2.517 cirurgias gerais
-
1.373 cirurgias ginecológicas
-
419 partos normais
-
1.455 partos cesáreos
-
2.507 cirurgias ortopédicas
Além disso, a rede municipal de saúde realizou 105.072 exames no mesmo período, incluindo:
-
60.510 raios-X
-
24.351 tomografias
-
20.211 ultrassonografias
O avanço é notável, mas ainda há desafios.
A fila de espera para ressonância magnética, atualmente com 1.461 pessoas, deve ser zerada até meados deste ano, segundo Bezerra.
O caso da vereadora Evânia levanta um alerta sobre o perigo de retrocessos na gestão pública quando interesses políticos se sobrepõem à transparência e à equidade. A saúde não pode ser moeda de troca eleitoral.
Ver essa foto no Instagram
Fonte: abroncapopular
