Em reação ao envio de sete navios militares às proximidades da costa da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro anunciou, no início da semana, uma mobilização para a formação de milícias nacionais. Entre as embarcações norte-americanas, estão três destroieres, um navio de assalto anfíbio, um cruzador de mísseis e um submarino nuclear.
O deslocamento ocorre em meio a acusações dos EUA contra a Venezuela de tráfico de drogas e vínculos com cartéis. “Estamos prontos para defender a Venezuela, em uníssono nacional, em paz, em tranquilidade, para garantir nosso futuro”, afirmou Rodríguez.
“Aqueles que estão pensando, lá no Norte, em uma agressão militar contra a Venezuela, saibam que se sairão muito mal“, acrescentou a vice-presidente.
Delcy Rodríguez lembrou aos EUA sobre as consequências do bloqueio econômico imposto ao país, que levou milhões de venezuelanos a migrar para o Norte, convencidos pelas “mentiras”, segundo ela, de encontrar novos horizontes e esperança econômica.
“Será pior se ousarem uma agressão. Será muito pior. Seremos a sua calamidade. Seremos o seu pesadelo, e isso também significará a desestabilização de todo o continente. Por isso fazemos um chamado à paz. Acalmem-se, senhores falcões dos Estados Unidos, acalmem-se… porque causarão grande dano ao próprio país”, afirmou.
Sobre a possibilidade de o atual deslocamento de ativos navais dos EUA no Caribe escalar para uma operação militar, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse na última quinta (28) que o presidente Donald Trump está pronto para usar “todo o poder norte-americano” para conter o fluxo de drogas para o país.
Mais cedo, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, também se manifestou sobre a situação e afirmou que “a Rússia não aceita de forma alguma a ameaça do uso da força contra Estados soberanos como instrumento de política externa” e expressou solidariedade ao povo e ao governo da República Bolivariana da Venezuela.
Fonte: sputniknewsbrasil