Na sexta-feira (23) Robert Scola, um juiz do Distrito Sul da Flórida, EUA, decidiu que o também empresário não é um representante diplomático, após determinar que as decisões do governo de Nicolás Maduro não “são legítimas” a nível internacional.
“A decisão […] constitui uma franca e grosseira violação da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, que ignora as obrigações internacionais assumidas pelos EUA como Estado-parte deste instrumento jurídico, incluindo o dever de respeitar a inviolabilidade e a imunidade dos agentes diplomáticos em trânsito entre dois Estados”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela sobre o seu enviado.
O ministério descreveu o veredito como “um perigoso precedente nas relações entre os Estados” e “uma nova violação dos direitos” de Saab.
“A arrogância imperial, expondo diretamente sua crueldade e cinismo, escolheu uma data em que o povo cristão se reuniu para celebrar o nascimento de Jesus e honrar seus valores de reconciliação e justiça, na véspera de Natal, para cometer mais um ultraje contra a Venezuela e um ultraje contra um diplomata venezuelano”, dizia o documento.
Saab foi nomeado por Caracas como seu representante diplomático na Rússia e no Irã, com a missão de administrar a aquisição de alimentos, medicamentos, peças de reposição e suprimentos necessários para o país caribenho em meio às sanções impostas pelos EUA e vários países europeus à Venezuela.
Saab foi preso em Cabo Verde em junho de 2020 com base em um mandado de prisão internacional emitido pelos EUA, que o acusam de lavagem de dinheiro. Em seguida, ele foi extraditado para os EUA.
Fonte: sputniknewsbrasil