Vendas da Black Friday ‘frustram’ mercado e recuam 14,4% este ano


Pelo segundo ano seguido, a promoção Black Friday – na verdade, estratégia comercial de renovação de estoques, sempre às vésperas do Natal – apresentaram queda, desempenho adverso considerado ‘inédito’ para analistas, que haviam projetado, inclusive, uma alta que ficaria no intervalo de um a dois dígitos.

Em lugar dessa expectativa ‘otimista’, dados do mercado apontam que as vendas do comércio eletrônico, na edição 2023 da data, totalizaram R$ 4,5 bilhões, o que corresponde a um ‘tombo’ de 14,4% em relação à do ano passado, que superaram R$ 6,9 bilhões, se considerado o período entre zero hora de quinta-feira (23), à meia noite do último sábado (25).

De igual forma, o número de pedidos (6,9 milhões) também ‘encolheu’ 15,5%, no comparativo anual. No que toca ao gasto por pessoa (ticket médio), o ClearSale revelou que este chegou a R$ 659,12, cifra 1,3% superior à mesma data do ano passado.

Tal desempenho adverso neste ano, na verdade, representa uma queda sobre a queda de 2022, o que não ocorre, desde que a data ianque passou a fazer parte do calendário comercial tupiniquim, há 13 anos.

Os dados foram divulgados pela Hora a Hora e Confi.Neotrust, em parceria com a ClearSale, companhia de inteligência de dados e soluções para prevenção a riscos. Outra conclusão do evento promocional é que, embora o valor médio por pessoa tenha aumentado, na última sexta-feira (24), o faturamento frustrou as projeções anteriores do mercado.

Na verdade, a frustração é maior, levando em conta que a redução do volume de compras já era esperada, uma vez que, no ano passado, o evento Copa do Mundo teria servido para ‘turbinar’ o faturamento das empresas de e-commerce, sem contar as festas de fim de ano.

Em tempo de ‘grana curta’, foi inevitável recorrer ao cartão de crédito, que teve a preferência de 56,6% das compras do comércio eletrônico, o que relegou à vice-liderança o ‘queridinho’ Pix, com 30,4% das transações. Bem atrás, na terceira posição, apareceu o boleto bancário, com 7,9% das vendas, enquanto a lanterninha coube ao segmento de carteira digital (e-wallet), cashback, pagamentos no débito e vales, com 5,1%.

Por gênero, ‘elas’, também nesse quesito, ganham ‘deles’, sustentando as compras, com 59,2% do total.

Produtos mais procurados:

Eletrodomésticos (20,8%);

Eletrônicos (15,5%);

Telefonia (11,8%).

Fonte: capitalist

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