O programa de descontos do governo para incentivar a venda de carros novos teve o primeiro balanço oficial nesta terça-feira (4). O impacto econômico da medida, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores(Fenabrave), foi um crescimento de 8% nas vendas na comparação de junho com maio. Foram 179.691 emplacamentos, contra 166.352 no mês anterior. Na conta estão automóveis e comerciais leves.
Em comparação aos 165.442 emplacamentos de junho do ano passado, 2023 houve alta de 8,6% nas vendas durante o mês.
Incluindo caminhões e ônibus na conta, o mercado cresceu 7,4% de maio para junho, com os emplacamentos saltando de 176.482 para 189.528. Se comparado com as 178.027 vendas de junho do ano passado, o aumento foi um pouco menor, de 4,7%.
“A iniciativa do Governo foi essencial para o setor e para o consumidor brasileiro, que é quem, de fato, precisa desses incentivos. Ficou claro que milhares de brasileiros estavam apenas esperando uma oportunidade para poderem adquirir um veículo novo. Nosso objetivo era exatamente alcançar os três principais fatores: preço acessível ao poder de compra, sustentabilidade e densidade fabril”, disse em nota Andreta Jr., presidente da Fenabrave.
Na última sexta-feira (30) o presidente Lula assinou uma nova Medida Provisória que complementa mais R$ 300 milhões aos R$ 500 milhões iniciais do programa de incentivo à indústria automobilística, totalizando R$ 800 milhões de incentivos.
Até o momento, as fabricantes já utilizaram R$ 710 milhões de créditos, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio e Serviços (MDIC), portanto, a tendência é de que o mês de julho também seja positivo por conta dos quase R$ 100 milhões restantes de saldo.
Vale lembrar que o governo disponibilizou R$ 1,8 bilhão em créditos tributários. Além do valor para automóveis e comerciais leves com preços de até R$ 120 mil, programa também contempla R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus, valores que não foram alterados na nova MP.
Contabilizando somente os automóveis e comerciais leves, o Brasil teve alta de 9,6% nos emplacamentos na comparação entre o primeiro semestre de 2023 e 2022, saltando de 851.386 para 934.519 carros licenciados. Na conta com todos os veículos, os 998.270 emplacamentos foram 8,8% superior aos 917.856 do mesmo período de 2022.
Para receber o incentivo, o carro deve atender três critérios:
Para subsidiar a concessão de créditos tributários as fabricantes o governo decidiu antecipar a reoneração do imposto sobre o diesel. Assim, em vez de aumentar os tributos em R$ 0,35 por litro apenas em 1º de janeiro de 2024, poderá haver um reajuste de R$ 0,11 por litro em setembro.
Porém, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, anunciou que a reoneração do diesel não deverá chegar ao bolso do consumidor pois, desde o anúncio do programa, já houve queda no valor do dólar e uma consequente queda no preço final do combustível.
Com o início da vigência do novo plano de incentivo à indústria, alguns carros custam menos de R$ 60 mil no Brasil. A tendência é que os preços voltem a subir quando o crédito for totalmente consumido.
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Fonte: direitonews