Venda de carros importados cresce 40% no Brasil após invasão das chinesas


1990. Este foi o ano que o Brasil reabriu as portas para os veículos importados. Desde então, os números cresceram gradualmente, alcançando a máxima de 193.428 importações só no primeiro semestre de 2024. Ou seja, um aumento de 38,8% nas vendas em relação ao mesmo período de 2023, quando o país importou 139.111 unidades. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa).

O total (de janeiro a junho de 2024) também representa um aumento de 67,6% em relação aos seis primeiros meses de 2022. E mais que o dobro em relação ao período da pandemia. Em 2020, a associação registrou 92.184 veículos importados, enquanto em 2021 subiu para 104.265. Veja abaixo:

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Das 193.428 importações, cerca de 44.291 veículos representam marcas afiliadas à Abeifa. Como é o caso, por exemplo, de BYD, Volvo, Porsche, Kia e Land Rover.

A BYD, por exemplo, passa por uma ascensão no mercado brasileiro. Nos primeiros seis meses de 2023, a fabricante chinesa, que está prestes a iniciar sua produção nacional com o SUV Song Pro, emplacou 1.703 veículos. Já em 2024, o número subiu para 32.572 no mesmo período. Um crescimento de impressionantes 1.812%.

No ano passado, o cenário era completamente inverso. A Volvo liderava com 3.988 emplacamentos de veículos importados, enquanto a Kia vinha em segundo lugar com 2.317 unidades. Já em 2024, a marca sueca fica atrás da BYD com 4.118 emplacamentos e a Porsche fecha o pódio com 3.025 vendas de veículos importados.

É importante fazer uma comparação com outras marcas que não fazem parte da Abeifa. É o caso da GWM, chinesa que também terá produção no Brasil com o SUV Haval H6 sendo o primeiro carro nacional. Apenas nos seis primeiros meses deste ano, a fabricante emplacou 12.731 veículos, de acordo com o levantamento da Fenabrave. Número expressivo se considerarmos o mesmo corte de 2023, quando marcou 2.162 vendas.

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Nessa toada, algo que também interessa é o crescimento de importações da Ásia. No ano anterior, a taxa representava 14,4%. Entretanto, com o aumento de investimentos das marcas chinesas no país, a média subiu para 29,8% apenas entre janeiro e junho de 2024. Seja como for, a maior taxa de importação permanece com países do Mercosul, com 46,1%.

Outro dado relevante é o crescimento dos emplacamentos de elétricos e híbridos. De acordo com o órgão, de janeiro a junho, a categoria soma 79.304 vendas. Sendo que, no mesmo recorte de 2023, foram 32.254. Uma alta de 145,9%.

Cabe lembrar que o imposto de importação para carros híbridos e elétricos foi retomado no Brasil em 2024 após quase oito anos zerado. O primeiro aumento aconteceu em janeiro, determinando a cobrança de 12% para híbridos de todos os tipos e 10% para carros elétricos.

Em julho, o imposto subiu a 25% para híbridos, 20% para híbridos plug-in e 18% para elétricos. Novos aumentos estão previstos para 2025 e 2026, mas fabricantes ligadas à Anfavea pressionam o governo para que o imposto seja retomado aos 35% originais o quanto antes.

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Fonte: direitonews

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