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Um levantamento realizado pela empresa de análise de dados Nexus aponta que 48% dos brasileiros são favoráveis a um estreitamento das relações comerciais do Brasil com os países do BRICS, bloco formado por China, Rússia, Índia, África do Sul e, atualmente, expandido para 11 membros. Por outro lado, 33% se declararam contrários a essa aproximação, e 18% não souberam ou não quiseram responder.
O estudo também mediu a opinião da população sobre o uso do dólar nas negociações internacionais. Segundo a pesquisa, 44% dos entrevistados são contra a utilização da moeda americana, enquanto 43% aprovam a prática.
A pesquisa avaliou ainda a imagem dos Estados Unidos e da China na opinião dos brasileiros. Para 46%, a visão dos americanos é positiva, enquanto 43% têm percepção negativa. Já os chineses são bem avaliados por 45%, contra 43% que os veem de forma desfavorável. Quanto à liderança global, 56% consideram negativa a posição dos EUA, enquanto 32% a enxergam de forma positiva. Já a liderança chinesa é vista de forma positiva por 47% e negativa por 39% da população.
Foram entrevistadas 2.005 pessoas com idade a partir de 16 anos, em todas as unidades da federação, entre os dias 15 e 19 de agosto. A margem de erro da amostra é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
O BRICS, diferentemente de blocos como Mercosul ou União Europeia, não possui tratado fundador, sede oficial ou orçamento fixo. Trata-se de uma plataforma de diálogo e cooperação entre países que buscam maior equilíbrio nas decisões internacionais e reformas na governança global, com deliberações organizadas em três pilares: política e segurança, economia e finanças, e sociedade civil.
O bloco foi criado em 2001, quando o economista Jim O’Neill cunhou o termo “BRIC” para identificar quatro economias emergentes com alto potencial de crescimento: Brasil, Rússia, Índia e China. A primeira cúpula de chefes de Estado ocorreu em 2009, na Rússia, e a África do Sul se integrou dois anos depois, consolidando o nome BRICS.
Em 2024, o bloco expandiu-se com cinco novos membros: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. A Indonésia foi oficialmente integrada em 2025, elevando o total de integrantes para 11.
A entrada de novos membros exige aprovação unânime dos países já integrantes, critérios diplomáticos, apoio ao multilateralismo e compromisso com reformas na governança internacional.
Fonte: gazetabrasil