Veja 5 tecnologias que surgiram na Fórmula 1 e hoje estão no seu carro


Mais que uma diversão de domingo, a Fórmula 1 é uma matriz para a engenharia automotiva mundial. Além do objetivo de vencer a competição, as construtoras utilizam os processos de pesquisa e desenvolvimento para melhorar os carros que dirigimos no dia a dia.

Partindo disso, Autoesporte elaborou uma lista com tecnologias que equipam o seu carro, mas que foram originadas na maior competição de automobilismo do mundo. Se você acha que as inovações estão restritas a superesportivos como McLaren e Ferrari, está bem enganado…

Para desmistificar que um carro precisa ser muito caro para receber tecnologias da F1, começamos nossa lista pelos “paddle shifters” — ou aletas para trocas de marcha, em português. Hoje este equipamento está presente em vários modelos automáticos, mas foi testado pela primeira vez em 1989, pela Ferrari.

Naquela temporada, a fabricante italiana desenvolveu um sistema eletro-hidráulico controlado por duas aletas posicionadas atrás do volante (também chamadas de “borboletas”. A da direita servia para avançar as marchas, enquanto a da esquerda diminuía. O sistema também ficou conhecido como “semiautomático” ou “sequencial”, já que as trocas ainda eram feitas pelo piloto.

Oito anos depois, em 1997, a Ferrari incorporou a tecnologia do carro de Nigel Mansell no esportivo F355. Atualmente, até carros automáticos de entrada podem incluir os paddle shifters.

Mansell pilotou outro carro revolucionário pela Williams na temporada de 1992. A construtora notou que as condições do asfalto eram diferentes entre os circuitos, e desenvolveu um sistema adaptativo inovador para a suspensão e o chassi.

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O sistema funcionava com o acionamento instantâneo de atuadores hidráulicos durante curvas, proporcionando movimentação mais suave e melhorando a sustentação negativa do veículo.

Outras construtoras já haviam se aventurado no uso dessa tecnologia anteriormente (como a Lotus e seu sistema computadorizado entre 1983 e 1988), mas a Williams colocou o recurso em outro patamar em 1992. Ao final da temporada, Nigel Mansell sagrou-se campeão do Mundial de Pilotos e a Williams venceu o Campeonato Mundial de Construtores.

Muitos carros contemporâneos utilizam este sistema , como os esportivos da Porsche. Além de melhorar a performance em pista, o recurso também serve para erguer a suspensão nas situações em que o carro pode raspar (entradas de garagens, lombadas, valetas, etc).

A fibra de carbono é usada na Fórmula 1 há várias décadas, mas a primeira construtora a utilizar este recurso em grande escala foi a McLaren. Em 1981, a equipe britânica apresentou o MP4/1 com um chassi feito inteiramente com este material.

Não à toa, a McLaren esteve por trás do Mercedes-Benz SLR McLaren, o primeiro carro de produção em série com chassi feito de fibra de carbono. Atualmente, o material continua sendo uma alternativa inteligente para reduzir o peso de um veículo e garantir a segurança dos motoristas.

Os botões multifuncionais que você utiliza para aumentar o volume ou navegar pelo computador de bordo nasceram na Fórmula 1, mas de um jeito diferente. Em meados dos anos 70, com os carros chegando a velocidades de até 300 km/h, as fabricantes perceberam que procurar botões no painel poderia ser perigoso para os pilotos.

A solução foi incorporar estes comandos ao volante. Nas temporadas atuais, alguns deles podem ter mais de 25 funções, que servem para regular freios, suspensão e DRS. A mais importante delas é o “overtaking”, que tem a finalidade de extrair o máximo de potência e torque do motor.

O primeiro carro a oferecer botões multifuncionais no volante foi o Mercedes-Benz Classe S, em meados de 1998. O recurso logo se popularizou, e hoje até os carros mais baratos do Brasil contam com o equipamento.

A partir de 2011, os carros da Fórmula 1 passaram a ter flaps que permitem a redução do arrasto aerodinâmico e melhoram as condições de rodagem. O recurso, chamado de Drag-reduction System (DRS), foi incorporado em carros de rua. Os esportivos italianos Ferrari SF90 e Lamborghini Huracán Evo e o novo Porsche 911 GT3 RS são bons exemplos.

Existem regras para garantir o acionamento do DRS em segurança durante as corridas. A principal delas é que o piloto só pode ativá-lo quando estiver a até um segundo de distância do rival à frente. Também existem zonas em que a utilização do recurso é permitida.

Por mais que a Fórmula 1 tenha grande influência no aprimoramento dos carros de rua, o contrário também aconteceu. Continue ligado na Autoesporte para saber mais…

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Fonte: direitonews

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