O mercado de veículos usados está em alta no Brasil e, só em 2024, cresceu cerca de 10% na comparação com o período anterior. O volume comercializado é bem superior ao de carros novos e somou mais de 15,8 milhões de unidades vendidas (o melhor resultado para o setor desde 2011). Dentro desse cenário, é fundamental pesquisar bastante antes de fechar negócio e, em especial, ficar atento às condições para não perder dinheiro.
Pensando nisso, selecionamos algumas dicas dadas por Sant Clair de Castro Jr, CEO da plataforma Mobiauto, no programa CBN Autoesporte. Elas são importantes para quem está planejando adquirir um modelo usado e busca fazer a melhor escolha. Entre outros fatores, é preciso organização financeira, análise da procedência do carro e pesquisa para não cair nas armadilhas dos juros abusivos (caso a compra seja financiada). Confira!
Os bancos oferecem diferentes taxas para financiamento e, para não perder dinheiro com o pagamento de juros excessivos, o comprador deve pesquisar as condições disponíveis em diferentes instituições financeiras.
É importante fazer simulações, oferecer garantias para ajudar a conseguir taxas mais baixas (como um bom score de crédito) e verificar se há tarifas externas e outros custos associados ao financiamento. Em tempos de Selic a 14,25% ao ano, fugir dos juros altos é fundamental.
Outra dica importante é saber negociar para conseguir um bom valor no veículo antigo que será vendido ou dado como entrada no novo negócio. Nesse caso, o consumidor deve saber precificar para não oferecer seu carro fora da média do mercado e consultar tabelas de usados para buscar referências (como a Fipe, por exemplo).
Em caso de venda, é importante saber anunciar bem o produto, o que inclui a postagem de fotos claras, bem enquadradas e com detalhes do carro à mostra para atrair interessados.
Um erro comum que faz muitos consumidores passarem apertos financeiros após a compra é a falta de planejamento prévio. Para evitar situações do tipo, o cliente deve racionalizar a compra e evitar fechar negócio com base apenas na emoção.
Para isso, busque tabelar os gastos, ter a certeza de que a parcela caberá realmente no orçamento e se prevenir contra gastos futuros. Se a compra irá comprometer parte importante da sua renda mensal, pense bem antes de concretizá-la.
Anúncios extremamente baratos são comuns em algumas lojas, mas quase sempre guardam surpresas nada agradáveis depois da compra. Portanto, o consumidor deve ficar atento e desconfiar de propostas absurdas ou fora da média do mercado.
Uma dica importante é pesquisar o histórico da loja ou conferir a avaliação do estabelecimento na internet ou diretamente com outros clientes. Carros baratos demais podem esconder problemas mecânicos graves que na certa irão gerar prejuízos depois.
Por fim, o consumidor precisa conhecer o carro que quer comprar. Nesse aspecto, é importante testar o modelo em diferentes condições (seja no asfalto ou em ruas de paralelepípedo) e consultar a ficha técnica sobre dados como consumo e desempenho.
A análise também deve incluir os custos com manutenção (peças caras são uma armadilha) e o valor do seguro. Afinal, evitar gastos surpresa depois da compra é fundamental. Além disso, a realização da vistoria cautelar é indispensável.
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Fonte: direitonews