Com a expansão das vendas de carros híbridos no Brasil, parece que o pessoal esqueceu que ainda existem modelos econômicos sem motor elétrico e baterias. E ainda dá para pagar mais barato na hora da compra e ter manutenção sem sustos.
Claro que alguns sacrifícios têm de ser feitos, e o tamanho é um deles. O peso é um dos principais fatores para um veículo beber muito combustível. Por isso Autoesporte separou carros compactos e leves. Escolhemos veículos mais simples, pois isso facilita a manutenção. Afinal, se você quer um automóvel que gasta pouca gasolina, também quer gastar pouco nas revisões.
Autoesporte já testou a configuração aventureira e conseguiu bons números com etanol, justamente o combustível mais barato que gasolina. Na cidade marcamos 10,5 km/l e na estrada 13,5 km/l. Com gasolina no tanque os números melhoram bastante. O motor é 1.0 flex com 70 cv e torque de 9,8 kgfm, o que é suficiente para um 0 a 100 km/h em 12,2 segundos.
A versão Outsider vem bem equipada com ar-condicionado, direção elétrica, airbags frontais e laterais, vidros dianteiros elétricos, Isofix, desembaçador do vidro traseiro, abertura interna do porta-malas, câmera de ré e sistema multimídia. Por falar em conectividade, foi justamente na linha 2020 que a Renault incluiu Android Auto e Apple CarPlay. Se você não gosta do design da versão Outsider, dá para achar Kwid nas versões Zen, Life e Intense. Porém, a oferta de equipamentos é diferente.
No começo de 2021 a Ford anunciou o fechamento das suas fábricas no Brasil. Com isso o Ka deixou de ser oferecido, mesmo tendo figurado na lista de veículos mais vendidos por vários anos. O temor de falta de componentes parece que não afastou os clientes do mercado de usados.
O motor 1.0 aspirado três cilindros abastecido com etanol gera 85 cv e 10,7 kgfm de torque, portanto não dá para esperar desempenho. O consumo, segundo o Inmetro, é de 9,3 km/l na cidade e 10,8 km/l na estrada. Com gasolina os números são de 13,3 km/l no ciclo urbano e 15,6 km/l na rodovia.
Esta última geração do Ka foi um salto em relação a antecessora, que só tinha duas portas e estava baseada numa plataforma já antiga. A cabine ganhou proporções de carro superior e conectividade para balançar os potenciais clientes que na época tinham o Hyundai HB20 como queridinho. O Ford Ka tem manutenção previsível e vai economizar a cada ida ao posto.
Quando o Fiat Mobi foi lançado em 2016 houve certa decepção. O modelo parecia inovar no segmento de compactos com oferta de motor moderno e construção mais refinada. Porém, o três cilindros 1.0 Firefly foi colocado nas configurações mais caras. O restante da gama ficou com o já conhecido quatro cilindros 1.0 Fire Evo. A estratégia não deu certo e na linha 2020 a Fiat tirou o motor mais moderno de linha.
Mesmo assim o Mobi tem bons números de consumo. São 8,8 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada sendo abastecido com etanol. Com gasolina o Inmetro indica 12,7 km/l no ciclo urbano e 14,3 km/l em rodovia. O Fire Evo gera 75 cv e tem torque de modestos 9,9 kgfm.
Se o motor quatro cilindros antiquado entrega números de desempenho tímidos, pelo menos a manutenção não tem surpresas. O Fire Evo é velho conhecido das oficinas mecânicas. O Mobi é fácil de manobrar na cidade e tem os equipamentos básicos para encarar o dia a dia agitado da metrópole.
Em 2014 o Up chegou ao mercado brasileiro com uma série de adaptações em relação ao modelo europeu. Por lá o compacto não tinha a opção de baixar o vidro traseiro na configuração de quatro portas. Para o consumidor brasileiro a Volkswagen sabia que isso seria um aspecto negativo. Por isso o “nosso” Up tem vidros traseiros que baixam além de outras evoluções de engenharia.
O motor 1.0 três cilindros da família EA111 tem como personalidade bom torque em baixas rotações e baixo consumo de combustível. Características que casam bem com um compacto urbano. Os números de consumo com etanol são, segundo o Inmetro, de 9,6 km/l na cidade e 10,6 km/l na estrada. Com gasolina as medições ficam em 14, 2 km/l e 15,3 km/l, respectivamente.
Ao volante o Up é divertido e ágil na cidade, mas sem adrenalina na hora de acelerar. O motor gera, alimentado por etanol, potência de 82 cv e torque de 10,4 kgfm. Ponto forte do Volkswagen é a construção e o bom desempenho nos testes de colisão na época que foi lançado. Se quiser desembolsar mais grana dá para levar o Up TSI. O motor turbo entrega 105 cv e também tem ótimos números de desempenho para um compacto de entrada.
Pensou que esta lista de carro econômico só teria hatches? Achou errado! Se você precisa de espaço na cabine e um bom porta-malas, o Logan é uma boa opção. Claro que se você lotar os 510 litros do bagageiro e tiver cinco pessoas a bordo, vai ser difícil fazer aquela ultrapassagem na estrada.
Mesmo sendo maior que os colegas dessa lista, o Logan consegue 9 km/l na cidade e 10 km/l na estrada abastecido com etanol. Com gasolina o sedã consegue 13,2 km/l no ciclo urbano e 14,1 km/l no ciclo rodoviário. As medições são do Inmetro. O motor 1.0 três cilindros gera 82 cv e 10,5 kgfm de torque.
Para a linha 2020 do Logan a Renault fez algumas pequenas mudanças visuais. Os equipamentos de série principais são airbags laterais, além dos frontais obrigatórios, direção com assistência eletro-hidráulica, ar-condicionado, travas e vidros dianteiros elétricos. A versão Zen conta ainda com multimídia compatível com Android Auto e Apple CarPlay, volante multifuncional, banco e volante com ajustes de altura, sensor de estacionamento, computador de bordo e mais.
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Fonte: direitonews
