Vale a pena comprar uma moto usada muito rodada?


A pergunta do título desta reportagem já passou pela cabeça da maioria das pessoas que se interessou por uma moto: será que vale a pena comprar uma moto muito rodada? Por vezes, nos vemos numa situação financeira que exige que essa pergunta seja respondida: ou queremos uma moto usada porque a grana está curta para comprar uma zero quilômetro, ou porque o gasto com o transporte público é tão alto que às vezes dá até para economizar com uma motocicleta mais antiga.

Seja qual for a sua situação, a resposta é sempre a mesma: depende. Primeiro porque é preciso verificar, antes de tudo, o estado geral da moto usada. E segundo: moto usada tem seus prós e contras, assim como as motos novas também têm. Por isso, hoje vamos detalhar tudo que você precisa saber para escolher uma motocicleta usada com segurança e evitar arrependimentos.

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Uma vantagem ao optar por uma moto usada é que, pelo mesmo valor de uma zero quilômetro, você pode levar um modelo mais potente, mais equipado e mais sofisticado que uma novinha. Deste ponto de vista, a usada pode te trazer muito mais vantagens. Lembrando que a melhor moto é aquela que cabe no seu bolso.

Mas antes de comprar uma moto nova, seminova ou usada, a primeira pergunta que você deve se fazer é: qual será o uso dessa motocicleta? Ter essa resposta na ponta da língua é fundamental para adquirir um veículo, seja ele qual for. Exemplos: a moto pode ser usada no dia a dia para trabalhar com entrega; utilizada apenas para ir e voltar do trabalho; ou ainda usada em viagens aos finais de semana, e por aí vai.

Independentemente da resposta, o importante é não se esquecer dela no momento da compra para não se empolgar. O pior negócio é aquele que se faz por impulso. Se você entende que precisa de um scooter com bastante espaço no bagageiro e acaba levando para casa uma esportiva só porque estava num precinho camarada, por exemplo, pode se arrepender quando perceber que aquele modelo pouco atende às suas necessidades. Evite essa dor de cabeça.

Depois de estabelecer os critérios, modelos e quanto você poderá gastar na sua próxima moto usada, é importante lembrar que uma motocicleta de segunda mão tem a grande vantagem de já ter depreciado aqueles cerca de 20% iniciais de quando o primeiro dono a tirou zeradinha da concessionária. Ou seja, o valor de mercado dela não vai cair tanto nos próximos anos, o que significa uma perda muito menor do que se você tivesse optado por um modelo zero.

Outro argumento favorável para a moto usada é o menor custo com as burocracias. A moto nova, além do custo maior por conta do frete, ela ainda precisa ser emplacada (custo de R$ 391,03 em São Paulo). O proprietário ainda precisa pagar o licenciamento e o IPVA, enquanto esses valores podem ser facilmente negociados ao optar por uma motocicleta mais antiga. Além disso tudo, o seguro também tende a ser mais em conta para o mesmo modelo usado quando comparado ao zero quilômetro.

Por fim, por mais que alguns acreditem que a moto usada pode trazer altos custos de manutenção, na maioria das vezes é o contrário. O custo das revisões das motocicletas novas é alto justamente porque o serviço tem que ser feito nas concessionárias, onde o preço da mão de obra e das peças é mais salgado do que na oficina independente da sua confiança.

Motos com quilometragem muito alta podem ser sinônimo de veículo em fim de vida, que foram usadas das mais diversas formas e que já não são mais um bom negócio. Mas antes de sentenciar a motocicleta, é importante saber em quais condições essa alta quilometragem foi atingida. E aqui não podemos fugir dos exemplos: se a moto foi mais usada na cidade, é muito provável que ela venha apresentar problemas mecânicos com mais frequência, pois o anda e para, somado às péssimas condições das vias da maioria das cidades brasileiras, são fatores que deterioram qualquer veículo.

Contudo, se a motocicleta foi usada para lazer em viagens aos finais de semana, ou seja, em deslocamentos por rodovias, é muito provável que sua mecânica ainda esteja em perfeitas condições para rodar por muito mais tempo. Caso não consiga determinar como a moto foi utilizada, leve um mecânico de confiança para avaliar o modelo junto com você. Esse profissional saberá determinar o estado das peças e te dará uma ideia mais assertiva sobre a compra.

Quando se busca um veículo usado, a primeira coisa a fazer é pesquisar com pessoas próximas (parentes e amigos). Comprar uma motocicleta de uma pessoa que você conhece o histórico é muito mais confiável do que fechar negócio com uma loja ou de alguém desconhecido.

Se a única solução é partir para uma revenda, a melhor maneira é comprar em lojas grandes que ofereçam garantia e, sobretudo, um laudo cautelar. Nesse laudo será possível determinar se a motocicleta já se envolveu em algum sinistro e, a partir dessas informações, você saberá se o veículo é de procedência duvidosa ou não. Por aí já dá para verificar também se a revendedora faz um bom trabalho ao selecionar os veículos que comercializa.

Nessa mesma vistoria dá para chegar, através do número do Renavam, se há alienação, multas e até os dados do atual dono e seu endereço. Mas você mesmo também pode fazer esse serviço através do site do Detran do estado em que a moto foi licenciada. Checar o número do chassi na coluna de direção e se a placa ainda está com o lacre também são passos importantes para determinar a procedência da moto.

Caso não consiga levar um mecânico de confiança para te ajudar a escolher a melhor motocicleta usada, separamos alguns itens técnicos que você pode verificar antes de assinar o contrato de compra e venda.

E o mais importante: faça um test ride antes de bater o martelo.

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Fonte: direitonews

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