Uso de armas dos EUA por Kiev na Rússia é escalada perigosa e pode prolongar conflito, diz analista


No último domingo (9), o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que a Ucrânia já começou a disparar com armas fornecidas pelo país contra o território russo, após aval do presidente democrata Joe Biden.
O presidente russo, Vladimir Putin, alertou os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de que a Rússia usará todos os meios à sua disposição se a soberania e a integridade territorial do país forem ameaçadas.
A Rússia também solicitou uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 14 de junho para discutir a aprovação ocidental de que Kiev use suas armas em território russo.
Um trabalhador siderúrgico opera uma máquina usada na fabricação de projéteis de artilharia M795 de 155 mm na Fábrica de Munição do Exército de Scranton em Scranton, Pensilvânia, 13 de abril de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 09.06.2024

‘Curso sensato é negociação Rússia-EUA’

Jeffrey Sachs, economista e presidente da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, disse à Sputnik que a decisão de Washington é uma escalada perigosa.

“Isso é mais uma escalada. É perigoso. O único curso sensato é a negociação Rússia-EUA, baseada no fim do plano dos EUA para a expansão da OTAN na Ucrânia, estabelecendo a neutralidade da Ucrânia, encerrando o conflito e resolvendo outras questões pendentes”, declarou.

Sachs disse ainda que estabelecer a Ucrânia como um Estado neutro resolveria a crise e salvaria um grande número de vidas. “Todo esse conflito poderia e deveria ter sido evitado, baseado na neutralidade, na segurança coletiva e no respeito mútuo.”
O ex-embaixador iraniano na Alemanha Seyed Hossein Mousavian acrescentou à Sputnik que a decisão de Biden está alinhada com a estratégia do Ocidente de prolongar o conflito na Ucrânia, e as consequências dessa política não contribuem para a paz e a segurança internacionais.
Mousavian sugere também uma iniciativa internacional que proíba a OTAN de expandir a aliança para as proximidades das fronteiras russas, além da realização de eleições livres sob supervisão da ONU nos territórios reintegrados à Rússia.
“O voto da maioria determinará o destino desses territórios,” disse Mousavian.
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, fala durante coletiva de imprensa com Sameh Shoukry, ministro das Relações Exteriores egípcio (fora da foto), na sede do Ministério das Relações Exteriores na Nova Capital Administrativa do Egito, 24 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 08.06.2024

A Rússia demonstrou interesse em participar de negociações justas que considerem as sérias preocupações de segurança de Moscou, mas tanto a Ucrânia como seus aliados ocidentais seguem resistindo à essa possibilidade.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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