“Não temos conhecimento dos detalhes das investigações nacionais que estão em andamento e, obviamente, portanto, nos abstemos de comentar qualquer assunto relacionado a essas investigações, e isso continuará sendo nossa linha”, disse o porta-voz da Comissão Europeia, Eric Mamer, em entrevista coletiva.
Os Nord Stream 1 e 2, que ligavam a Rússia e a Alemanha sob o mar Báltico, foram danificados em uma série de explosões subaquáticas em setembro passado. No mesmo mês, a Sputnik Brasil mostrou a operação Baltops, conduzida pelos EUA nas proximidades da ilha de Bornholm em junho, no local onde houve as explosões.
Hersh, renomado jornalista investigativo vencedor do Prêmio Pulitzer, divulgou reportagem no último dia 16 culpando os EUA pelo ataque e detalhando como o governo de Joe Biden e a CIA, agência de inteligência do país, planejaram a operação. A Casa Branca rejeitou a alegação, classificando-a de “totalmente falsa e completa ficção”.
O artigo confirmou as repetidas afirmações de Moscou de que os EUA realizaram o ataque para evitar a reaproximação entre a Rússia e a Alemanha, ao mesmo tempo em que tornavam Berlim dependente do gás natural liquefeito americano, mais caro.
A Alemanha interrompeu a certificação do Nord Stream 2 dias antes da entrada das tropas russas na Ucrânia, e as sanções da União Europeia (UE) limitaram o fluxo de gás através do Nord Stream 1 desde o fim do verão europeu, impedindo reparos vitais.
Hersh prometeu ainda novas revelações sobre os ataques aos gasodutos.
Na última terça-feira (21), o diplomata russo Dmitry Polyanskiy, primeiro vice-representante permanente da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), disse que Dinamarca, Suécia e Alemanha não estão informando a Rússia quanto a resultados da investigação sobre a sabotagem dos gasodutos.
Fonte: sputniknewsbrasil