UE enfrenta ‘trilema’ na segurança estratégica e cada escolha é perigosa, diz revista


Os autores destacam que, em meio à aproximação de Washington e Moscou, os países europeus sabem que, no futuro, o guarda-chuva nuclear dos EUA pode não ser a garantia-chave da segurança da Europa. Porém, a União Europeia (UE) terá dificuldades em implementar sua estratégia de defesa.

“Para que a Europa assuma a responsabilidade por sua própria segurança, não se trata apenas de gerar mais vontade política, orçamentos de defesa maiores ou processos de aquisição melhor coordenados. A Europa precisa lidar com um trilema estratégico em relação às suas opções nucleares“, ressalta a publicação.

Os líderes europeus, continua o artigo, têm três tarefas:
1.

Equiparar os países da UE às capacidades militares da Rússia;

2.

Alançar a estabilidade estratégica, entendida como a redução de incentivos para que qualquer Estado seja o primeiro a usar uma arma nuclear;

3.

Garantir não proliferação de armas nucleares para novos Estados.

Bandeiras da Rússia e da União Europeia (UE) - Sputnik Brasil, 1920, 01.04.2025

Segundo a revista, é impossível atingir todos os três objetivos ao mesmo tempo, mas escolher qualquer um dos dois torna o terceiro inatingível.
Se a Europa optar pela estabilidade estratégica e pela não proliferação, ela não conseguirá se equiparar às capacidades da Rússia, indica o autor, apontando para a vulnerabilidade dos Países Bálticos.
No entanto, enfatiza o artigo, para fortalecer sua postura nuclear o suficiente para uma dissuasão confiável, a Europa precisa permitir que novos Estados adquiram as armas ou então sacrificar um certo grau de estabilidade estratégica.
Segundo a publicação, neste contexto, a melhor opção seria a não proliferação e a dissuasão. Esse caminho é o mais viável porque não exigiria grandes mudanças no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) ou grandes investimentos em defesa.

“Aceitar um nível de instabilidade estratégica nas relações entre a Europa e a Rússia requer a assunção de riscos nucleares genuínos. As alternativas, entretanto, seriam ainda mais perigosas”, finaliza a revista.

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Fonte: sputniknewsbrasil

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