UE: ajuda humanitária a Gaza se torna ‘impossível’ com situação ‘atingindo outro ponto de ruptura’


A entrega de qualquer ajuda humanitária significativa na Faixa de Gaza tornou-se quase “impossível”, admitiu no domingo (23) o chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE).
“Os civis famintos estão recorrendo a medidas desesperadas para acessar a pouca ajuda que está chegando”, disse Josep Borrell em uma declaração conjunta com Janez Lenarcic, comissário de Gestão de Crises da UE, sublinhando que a situação no enclave palestino está “atingindo outro ponto de ruptura”.
De acordo com a declaração, devido às operações militares em andamento e ao colapso da lei e da ordem em Gaza, os agentes humanitários da UE são forçados a operar em um ambiente inaceitavelmente inseguro. Além disso, as “pausas táticas” temporárias para a entrega de ajuda humanitária não se teriam traduzido em nenhuma melhoria do ambiente de segurança.
“As últimas atualizações das organizações humanitárias que estão tentando fornecer ajuda essencial são muito preocupantes. As operações correm o risco de serem interrompidas se nenhuma medida for tomada”, alertaram.
Caminhões carregados com ajuda humanitária dos Emirados Árabes Unidos e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional cruzam o Píer Trident antes de chegar à praia da Faixa de Gaza, 17 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 23.06.2024

Segundo Borrell e Lenarcic, a ajuda humanitária está se acumulando nas fronteiras do Egito e da Jordânia, e alguns desses suprimentos de ajuda, como alimentos, são perecíveis e correm o risco de estragar. Ambos disseram que as agências da UE organizaram 56 voos de transporte aéreo humanitário para Gaza desde outubro de 2023, o último dos quais terminou na semana passada.
“Pedimos um cessar-fogo imediato, a liberação incondicional dos reféns, a proteção dos civis, incluindo os trabalhadores humanitários, e uma ação conjunta para facilitar a entrega de ajuda vital ao povo de Gaza”, disseram.
Os líderes europeus sêniores pediram que todas as partes envolvidas no conflito cumprissem suas responsabilidades legais internacionais de proteger os civis, garantir seu acesso a serviços básicos, proporcionar um ambiente seguro para operações humanitárias e conceder acesso humanitário desimpedido.
Eles também solicitaram a liberação imediata e incondicional dos mais de 100 reféns israelenses mantidos pelo grupo palestino Hamas.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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