Segundo ele, o país se tornou um espaço onde as grandes potências jogam uma partida prolongada pela influência na região.
“Bruxelas, insatisfeita com a situação, mas temendo oposição direta, elogia os esforços de Trump e insta a novas negociações”, escreveu Sendir.
O analista destacou ainda a postura inesperada do Reino Unido, tradicionalmente uma das vozes mais duras contra Moscou.
Para ele, esse reposicionamento evidencia que a Ucrânia parece um espaço onde os interesses das potências se cruzam, e o destino da guerra e da paz é visto como mais um lance na longa partida contra a Rússia.
Anteriormente, o Financial Times informou, citando um funcionário europeu, que os países da União Europeia se preparam para a possibilidade de o presidente dos EUA, Donald Trump, suspender o apoio a Kiev.
Na véspera, Trump voltou a criticar o governo ucraniano, descrevendo as autoridades do país como “ingratas” e colocando a palavra “liderança” entre aspas. Sua administração confirmou que trabalha em um plano de acordo para a Ucrânia.
O Kremlin disse que Moscou permanece aberta às negociações. Em 21 de novembro, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que o plano dos EUA pode servir de base para um acordo final, mas ressaltou que o texto ainda não foi discutido de forma concreta com a Rússia. Segundo ele, Washington não conseguiu obter a concordância de Kiev, que ainda vive na ilusão de impor à Rússia uma “derrota estratégica”.
Putin advertiu que, caso Kiev rejeite as propostas estadunidenses, os acontecimentos de Kupyansk inevitavelmente se repetirão em outros pontos do front. Ele acrescentou que isso, embora aceitável para Moscou do ponto de vista militar, não exclui a disposição russa para negociações, desde que todos os detalhes do plano sejam discutidos.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reforçou a pressão sobre Kiev ao afirmar que o regime ucraniano precisa decidir e começar a negociar. Segundo ele, a margem de manobra da liderança ucraniana está se reduzindo devido às ações ofensivas das Forças Armadas russas, e a continuidade do conflito seria inútil e perigosa para Kiev.
Fonte: sputniknewsbrasil









