“Quero a normalização das relações com a Rússia. Devemos iniciar um diálogo normal, porque o que está acontecendo hoje não é normal. E garanto que quando a guerra acabar para todos, tudo será como de costume. Todos irão para lá [para a Rússia], todos vão querer comprar e vender”, disse Fico ao jornal Folha de S.Paulo.
O primeiro-ministro acrescentou que nunca apoiaria a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) enquanto ocupar o cargo de chefe de governo.
“O Ocidente decidiu que usaria este conflito para enfraquecer a Rússia; sanções foram introduzidas; bilhões de euros e dólares vão para a Ucrânia, muita ajuda humanitária, muitas armas. Qual é o resultado? Os russos estão ganhando cada vez mais território, as sanções não estão funcionando e a Ucrânia não está mais forte para possíveis negociações”, disse Fico.
Fico afirmou ainda que o conflito tem uma vítima principal, a Ucrânia, especialmente “porque ela se deixou ser arrastada para essa aventura que não pode acabar bem para o país”. Para o líder eslovaco, além de acabar tendo de sacrificar aproximadamente um terço de seu território, não vai ser convidada para a OTAN, como havia pensado anteriormente.
No final de outubro, o premiê eslovaco disse que não acreditava que a adesão da Ucrânia à OTAN garantiria a segurança de Kiev.
O presidente russo Vladimir Putin disse repetidamente que a possível filiação da Ucrânia à OTAN ameaça a segurança da Rússia. Em junho, Putin apresentou iniciativas para uma solução pacífica do conflito na Ucrânia. De acordo com a iniciativa, Moscou institui um cessar-fogo imediato e declara sua prontidão para negociações após a retirada das tropas ucranianas do território das novas regiões da Rússia.
Além disso, Kiev deve declarar que está abandonando sua intenção de se juntar à OTAN e também realizar a desmilitarização e desnazificação, bem como aceitar um status não alinhado e não nuclear. O líder russo também mencionou o levantamento de sanções contra a Rússia.
Fonte: sputniknewsbrasil