Os ucranianos sinalizaram que com a chegada do outono, os problemas enfrentados por algumas exportações ucranianas para a Europa Central vão se repetir, e que é preciso que a UE tenha regras claras sobre o assunto, de acordo com a Reuters.
“O principal problema para a maioria dos países europeus é a Ucrânia agrária, que entrará na UE com 30 milhões de hectares de terra. Eles [EU] não sabem o que fazer com os subsídios e não sabem o que fazer com o mercado interno”, disse Alex Lissitsa, diretor da associação de agronegócio ucraniana Ukrainian Agribusiness Club.
Lissitsa também afirmou que Kiev deve negociar com Bruxelas, e não com Estados separados, e que é necessária uma solução de longo prazo que dure cinco anos – quando as negociações de adesão devem ocorrer.
“Se alguma decisão parcial for tomada [agora], voltaremos a tudo isso novamente no outono. Os agricultores franceses vão acordar, os fazendeiros italianos vão acordar”, disse o diretor citado pela mídia.
Na visão de agricultores ucranianos, a proibição feita pela Polônia aos alimentos vindos do país tem motivação política, visto que Varsóvia terá eleições em breve, e que os países estão preocupados com a perspectiva de um aumento de produtos ucranianos nos mercados europeus com a busca de Kiev a adesão à UE, relata a agência britânica.
A Comissão Europeia ofereceu € 100 milhões (R$ 553 milhões) em ajuda aos agricultores da Europa Central, além de um pacote anterior de € 56 milhões (R$ 310 milhões).
Nas últimas semanas, alguns Estados-membros do bloco europeu como a Polônia e a Hungria impuseram proibições temporárias a certos produtos agrícolas ucranianos alegando que um excesso de oferta ucraniana afetou os mercados locais.
Fonte: sputniknewsbrasil