A Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio municipal de carros durante todo o dia nesta terça-feira (28) em função da greve organizada por sindicatos e trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp. Porém, sem uma grande parcela de transporte público operando na cidade, o trânsito fica mais intenso e aplicativos como Uber e 99 estão com preço acima da média para algumas corridas. E, por que isso acontece? Autoesporte te explica.
A greve afeta as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do metrô, e 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM, que devem ficar paralisadas. Já as linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda funcionam normalmente, já que são concedidas à iniciativa privada.
O dia começou com trânsito intenso na capital paulista com mais de 600 km de congestionamento, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). E as corridas podem ficar mais caras justamente onde o congestionamento é maior, que normalmente é na região central da cidade e nas vias que vão até lá. O tempo de espera por um motorista também fica acima da média.
Autoesporte fez algumas simulações de corridas na Uber e na 99. Em algumas casos o preço é o mesmo de dias comuns, em outras, o valor é pouca coisa maior, variando de R$ 2 a R$ 4 de diferença. A maior diferença foi encontrada num percurso que normalmente sai R$ 29 e saltou para R$ 42. Isso acontece porque a corrida passa por zonas centrais e movimentadas da cidade onde o fluxo de pessoas e de trânsito são maiores, como a Avenida 9 de julho.
“Às vezes, há tantas solicitações de viagem que não há carros suficientes para atender à demanda. Isso pode acontecer por mau tempo, hora do rush e eventos especiais podem aumentar muito o número de pessoas que querem solicitar viagens com a Uber. Quando a demanda está muito alta, os preços podem aumentar para que haja motoristas parceiros disponíveis para atender a todas as viagens”, afirma a Uber.
Esse sistema é chamado de preço dinâmico. De acordo com a empresa, sempre que os preços aumentam por causa do preço dinâmico, o app da Uber informa os usuários. Alguns optam por pagar o valor, enquanto outros preferem esperar alguns minutos para ver se as cifras diminuem.
No caso da 99, o sistema é o mesmo, porém, é chamado de preço variável.
“Quando tem muito pedido mas pouco carro em uma região, o preço variável é ativado, multiplicando o valor da corrida. Isso só acontece para que mais motoristas venham para a região atender aos passageiros, e não falte carros. Lembrando que o valor varia dependendo da região e da demanda, ou seja, se em determinado momento a tarifa estiver mais alta do que você pretendia pagar, pode ser que depois de alguns minutos ela já volte para o preço original”, explica a concorrente da Uber.
No decorrer do dia a tendência é de que as tarifas mais caras baixem seus preços, porém, no chamado horário de pico, entre 17h e 20h, os valores provavelmente vão aumentar novamente nessas zonas mais centrais da cidade e o tempo de espera pela corrida deve ser maior.
“As pautas são: contra a privatização do Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Sabesp, EFCJ (Estrada de Ferro Campos do Jordão), Fundação Casa e na saúde. Não às terceirizações, não ao corte na educação. Por um plebiscito sobre as privatizações e reintegração dos demitidos do metrô”, essas são as reivindicações de acordo com nota do Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo.
Por determinação da Justiça, 70% dos trens da CPTM deverão operar nos horários de pico e 50% nos demais períodos, sob pena diária de R$ 30 mil ao sindicato. O Governo de São Paulo também protocolou um pedido de tutela antecipada na Justiça contra a paralisação pelos metroviários.
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Fonte: direitonews