Twitter fecha escritório da UE em meio a preocupações de ‘desinformação’ da Rússia por Bruxelas


O Twitter fechou o escritório em Bruxelas, Bélgica, preocupando os funcionários da União Europeia (UE), que temem que o gigante de TI recusará policiar o conteúdo segundo as novas regras do bloco, informou na quinta-feira (24) o jornal britânico Financial Times (FT).
Em 4 de outubro de 2022 o Parlamento Europeu aprovou a Lei de Mercados Digitais. Ela regula o conteúdo ilegal, a publicidade transparente e “desinformação” na Internet, e entrou em vigor na semana anterior. Ela implica custos adicionais para o Twitter cumprir todas as regras do bloco europeu, e é obrigatória para todos os operadores de serviços até 1º de janeiro de 2024.
Ao mesmo tempo, em 27 de outubro Elon Musk, magnata americano e dono de empresas como o SpaceX, Tesla e Neuralink, anunciou que concluiu a aquisição do Twitter. Ele iniciou uma onda de demissões imediatamente, entre outras medidas.
Uma tela de telefone exibe uma foto de Elon Musk com o logotipo do Twitter ao fundo, em Washington, DC, 4 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 04.11.2022

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O FT escreve que a maioria dos funcionários do Twitter em Bruxelas abandonou o emprego em meio à restruturação da força de trabalho, deixando ativos apenas os diretores da política digital Julia Mozer e Dario La Nasa. No entanto, eles também saíram do trabalho após o anúncio de Musk em 16 de novembro, que exigiu uma cultura “extremamente dura” de horas longas e altamente produtivas para os trabalhadores manterem seu emprego.
Vera Jourova, vice-presidente do código de desinformação da UE, contou ao Financial Times que ela está preocupada com a redução do pessoal necessário para “tomar ação contra a desinformação e propaganda”, apontando a culpa principal à Rússia. Ela disse que o Twitter tem sido um aliado nessa luta. No entanto, indicam fontes à mídia, a Comissão Europeia considera que a empresa americana está ficando para trás nos esforços exigidos pelo órgão executivo da UE.
Julia Mozer, Dario La Nasa e o Twitter, recusaram todos fazer comentários ao FT.

Fonte: sputniknewsbrasil

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