O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas criticando duramente o fato de que os Estados Unidos vetaram, novamente, uma proposta de cessar-fogo para Faixa de Gaza ontem (8), “apesar do enorme apoio de outros países”.
“A exigência de cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas é rejeitada apenas pelo veto dos EUA. Isto é justiça? O mundo é maior do que cinco. O Conselho de Segurança precisa ser reformado”, disse Erdogan em uma conferência pelo 75.º aniversário da Declaração dos Direitos Humanos em Istambul neste sábado (9), segundo a agência Anadolu.
O líder turco também declarou que “perdemos a esperança e a expectativa do Conselho de Segurança […] desde 7 de outubro, o Conselho de Segurança, cuja missão é estabelecer a paz global, tornou-se um protetor de Israel“.
Ao mesmo tempo, a chancelaria turca se posicionou e disse que o veto dos EUA foi “uma total decepção” e que Washington “está sozinho nessa questão”.
“Nossos amigos expressaram mais uma vez que a América está agora sozinha nesta questão, especialmente na votação realizada hoje [8] nas Nações Unidas”, disse o ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, citado pela agência Reuters.
Desde o começo da guerra entre o Israel e Hamas, a Turquia tem sido um dos países que mais fortemente se posiciona contra Tel Aviv, Washington e aliados. Na semana passada, Erdogan disse que Israel deveria ser julgado no Tribunal Penal Internacional (TPI).
“A maioria dos mais afetados por práticas xenófobas, racistas, discriminatórias e fascistas são, sem dúvida, muçulmanos, que constituem a maioria dos imigrantes. Os termos ‘terrorista’ e ‘terrorismo’ foram transformados num disfarce para atacar o Islão, humilhar os muçulmanos e massacrar inocentes”, analisou Erdogan.
Israel retomou sua ofensiva militar na Faixa de Gaza em 1º de dezembro, após o fim de uma pausa humanitária de uma semana com o Hamas. Cerca de 17.500 palestinos foram mortos no enclave sitiado em ataques aéreos e terrestres israelenses desde a ofensiva do Hamas em 7 de outubro.
Fonte: sputniknewsbrasil