TSE altera código-fonte das urnas eletrônicas após inspeção da CGU


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez uma alteração no código-fonte das urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições municipais deste ano a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU), que realizou uma inspeção na semana passada.

De acordo com o anúncio, o código incorporou uma camada extra de validação na etapa de totalização dos votos. A alteração foi pedida após uma equipe de especialistas em tecnologia da informação da própria CGU fazer uma inspeção minuciosa do sistema.

Durante a última semana, entre os dias 10 e 14, a equipe do desenvolvedor Everton Ramos inspecionou o sistema eletrônico das urnas em um procedimento que durou cerca de 35 horas.

“Era uma camada extra de validação na etapa de totalização dos votos. Já havia muitas etapas de validação, mas percebemos que essa validação dos hashes [resumos digitais] dos arquivos dos dados utilizados na totalização reforçava aquela etapa”, explicou Ramos.

A inspeção incluiu a abertura de uma urna eletrônica para que a equipe da CGU pudesse examinar detalhadamente o hardware e as peças internas do equipamento, além de entender o funcionamento do sistema. Rafael Azevedo, coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, afirmou que há quatro processadores dentro do dispositivo, e “nenhuma conexão on-line na urna”.

“O TSE já tem muitos meios de controle sobre isso, de garantir que os arquivos de dados estão chegando íntegros, de forma correta, ao TSE. Mas olhamos para o que chamamos de ‘fluxo de dados’, pensando em como é possível, nas eleições, a sociedade também poder fazer totalização a partir dos Boletins de Urna (BUs) divulgados e de scripts, para conferir se os resultados dos BUs batem com o que é divulgado”, explicou Daniel Coelho, outro membro da equipe.

Além da CGU, outras entidades, como a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), o Senado e o partido União Brasil enviaram especialistas para testar e verificar a segurança das urnas eletrônicas para as eleições municipais deste ano.

Até o momento, nenhum dos verificadores encontrou irregularidades ou contestou o funcionamento dos equipamentos. Atualmente, o TSE possui pouco mais de 571 mil urnas prontas para serem utilizadas em sessões de votação em todo o Brasil nas eleições municipais deste ano.

Fonte: gazetadopovo

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