Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB) marcaram presença no evento que teve início às 22h00, no Teatro B32, na Avenida Brigadeiro Faria Lima.
O evento, sem plateia e jornalistas, com restrições rigorosas, visa conter comportamentos inadequados observados em debates anteriores, especialmente de Marçal.
Regras como proibição de celulares, palavrões e propaganda política foram estabelecidas, e os candidatos podem ser expulsos após três advertências. Segundo a última pesquisa Datafolha, há um empate técnico entre Nunes, Boulos e Marçal.
No segundo bloco do debate, Marçal acusou Datena de assédio sexual, após ele se recusar a fazer uma pergunta ao empresário goiano. Posteriormente, no quarto bloco, ele provocou o apresentador, que o agrediu com uma cadeirada no ombro.
Datena foi expulso do debate, enquanto Marçal optou sair para ter atendimento médico. O caso de assédio citado remonta a 2019, quando uma repórter alegou ter sido assediada por Datena, mas o jornalista afirmou que o processo foi arquivado e que a acusação foi posteriormente retratada.
Boulos, Tabata Amaral e Marina Helena lamentaram o episódio de violência que ocorreu no estúdio logo após o debate ter sido retomado.
Antes de partir para a agressão, Datena havia afirmado que não responderia às provocações de Marçal após um confronto no último debate. Ele ressaltou que a emoção demonstrada em uma sabatina recente revelou seu lado humano e reiterou que não desistirá de sua campanha, apesar de dificuldades.
Debate à prefeitura de São Paulo
A troca de acusações marcou um dos momentos mais tensos do debate à prefeitura da maior cidade da América do Sul, que também teve embates entre Nunes e Boulos sobre legalização das drogas e falhas na gestão da saúde.
Antes do debate, Boulos disse estar preparado para discutir propostas e lamentou que alguns adversários recorram a ataques e mentiras, mas declarou que não ficará calado diante dessas situações. Segundo ele, “nenhuma mentira ficará sem resposta”.
Marçal declarou ter expectativa “zero” e criticou mudanças na organização. Ele acusou a existência de um “consórcio comunista” que estaria comprometido em impedir sua candidatura. Ele também fez comentários ofensivos ao prefeito Ricardo Nunes e, sobre críticas do pastor Silas Malafaia, afirmou que o religioso está apenas revelando seu verdadeiro caráter.
Nunes declarou que, embora seja o mais atacado nos debates, isso não tem impactado negativamente sua campanha, já que sua rejeição é menor que a dos adversários. Ele criticou, de maneira indireta, Guilherme Boulos e Pablo Marçal, afirmando que o debate não deveria ser transformado em “espetáculo” e sim em um espaço democrático.
Tabata Amaral expressou expectativa de que as regras do debate sejam respeitadas e comentou com humor sobre o apelido “Chatabata,” dado por Pablo Marçal. Ela ironizou as acusações do adversário, afirmando que, se esse é o pior ataque contra ela, o debate está sendo levado a sério demais.
Por fim, Marina Helena destacou que o debate era uma oportunidade importante para se tornar mais conhecida, agradecendo à emissora pelo convite, já que sua presença não era obrigatória pela legislação eleitoral. Ela afirmou que participará de outros debates previstos na semana.
As eleições municipais brasileiras acontecem no dia 6 de outubro.
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Fonte: sputniknewsbrasil