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Na noite desta segunda-feira (18), a Cúpula do G20 anunciou sua declaração final, destacando o compromisso dos líderes de “construir um mundo justo e um planeta sustentável, priorizando o combate às desigualdades em todas as suas dimensões, sem deixar ninguém para trás”. O documento, que aborda uma série de questões globais, incluindo mudanças climáticas, a guerra na Ucrânia e a situação humanitária na Faixa de Gaza, contém 85 tópicos com compromissos e declarações importantes para o futuro da economia mundial.
Os chefes de Estado expressaram “profunda preocupação com a catastrófica situação humanitária na Faixa de Gaza e a escalada no Líbano”, que enfrenta bombardeios e invasões pelo Exército israelita desde outubro de 2023. “Enfatizamos a necessidade urgente de expandir o fluxo de ajuda humanitária e reforçar a proteção dos civis e exigimos que todas as barreiras à prestação de ajuda humanitária sejam levantadas em grande escala”, afirmou o G20. A declaração também reforçou o “direito palestino à autodeterminação” e a adesão à “solução de dois Estados”.
Em relação à guerra na Ucrânia, que está prestes a completar três anos de invasão russa, os líderes destacaram as “repercussões negativas adicionais da guerra”, como os impactos na segurança alimentar e energética global, nas cadeias de abastecimento, na estabilidade macrofinanceira, na inflação e no crescimento econômico. No entanto, a Rússia não foi explicitamente mencionada no texto, e o G20 saudou todas as iniciativas construtivas que promovem uma “paz global, justa e duradoura”.
A declaração também abordou a situação dos bilionários e a questão da tributação progressiva, um tema central nas discussões durante a presidência brasileira do G20. O grupo se comprometeu a continuar as discussões sobre a criação de um imposto global sobre os super-ricos, com foco na eficácia do pagamento de impostos por indivíduos com grande patrimônio, a fim de combater a evasão fiscal. A proposta brasileira prevê a arrecadação de até 250 bilhões de dólares anuais, caso os bilionários do mundo paguem uma taxa de 2% sobre sua riqueza.
Além disso, o G20 alertou sobre os riscos das novas tecnologias, como a inteligência artificial (IA), que têm contribuído para a “desinformação” e o “discurso de ódio”. “A digitalização do campo da informação e a evolução acelerada de novas tecnologias, como a IA, impactaram dramaticamente a velocidade, a escala e o alcance da desinformação não intencional e intencional”, afirmaram os líderes. Contudo, o grupo reconheceu o “potencial” dessas tecnologias para reduzir as desigualdades e facilitar o fluxo de informações globalmente.
O G20 também reiterou seu compromisso com a transparência e responsabilidade das plataformas digitais para garantir “ecossistemas de informação saudáveis”, destacando a importância do uso ético dessas ferramentas para o bem-estar global.
O evento, realizado no Brasil, contou com a presença de representantes de 55 países e organizações internacionais. Entre os líderes que participaram da cúpula estavam Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Joe Biden (Estados Unidos), Javier Milei (Argentina), Xi Jinping (China), Claudia Sheinbaum (México), Emmanuel Macron (França), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia) e Pedro Sánchez (Espanha).
A última sessão plenária sobre transição energética e desenvolvimento sustentável está programada para esta terça-feira, quando a cúpula será oficialmente encerrada.
Fonte: gazetabrasil