Tribo da Amazônia que recebeu Starlink de Elon Musk tem jovens viciados em pornô, games violentos e grupos de fofocas


O povo Marubo, habitante das margens do rio Ituí na Amazônia, enfrenta um desafio inédito: a chegada da internet. Há nove meses, o Starlink, serviço de internet via satélite da SpaceX, conectou a comunidade, desencadeando um dilema entre a preservação da tradição e a adesão à tecnologia.

Em busca de entender essa realidade em transformação, o jornal New York Times enviou os repórteres Jack Nicolas e Victor Moriyama à região. Para alcançar as remotas aldeias Marubo, os jornalistas percorreram mais de 80 quilômetros pela densa floresta.

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“Depois de apenas nove meses no Starlink, os Marubo já enfrentam os mesmos desafios que atormentam os lares americanos há anos: adolescentes colados aos telefones; bate-papos em grupo cheios de fofocas; redes sociais viciantes; estranhos online; videogames violentos; fraudes; desinformação; e menores assistindo pornografia”, afirma trecho da reportagem, que aponta também alguns benefícios proporcionados pela tecnologia, como pedir socorro rapidamente e conectar com parentes distantes.

A reportagem ouviu vários indígenas, entre eles Alfredo Marubo, líder de uma associação de aldeias Marubo, e crítico da tribo em relação à Internet. Isso porque ele teme que seu povo perca o conhecimento e a história. “Todos estão tão conectados que às vezes nem falam com a própria família”, disse ele, que mostra preocupação mais acentuada com a pornografia digital. Para se ter uma ideia do impacto da mudança, o povo Marubo desaprova o beijo em público.

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“Estamos preocupados que os jovens queiram experimentar”, disse ele sobre os vídeos de sexo explícito acessados pelos jovens.

O povo Marubo fala a própria língua e preservava modo de vida durante séculos centenas. “A tribo de 2.000 membros é uma das centenas em todo o Brasil que de repente estão se conectando ao Starlink, o serviço de internet via satélite da Space X, a empresa espacial privada de Musk. Desde a sua entrada no Brasil em 2022, o Starlink varreu a maior floresta tropical do mundo, levando a web a um dos últimos lugares offline da Terra”, diz outro da reportagem.

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Fonte: gazetabrasil

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