Três militares são indiciados por morte de aluno do Corpo de Bombeiros na Lagoa Trevisan


Conteúdo/ODOC – A Polícia Militar finalizou na terça-feira (14), o inquérito que apura a morte do aluno soldado do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso Lucas Veloso Peres, 28 anos, – em fevereiro deste ano. Três militares foram indiciados: o capitão Daniel Alves Moura e Silva, o soldado Kayk Gomes dos Santos e um terceiro militar, cujo nome não foi divulgado.

O inquérito foi presidido pelo coronel Dércio Santos da Silva, sob ordem da Corregedoria do Corpo de Bombeiros. Ele ouviu alunos e monitores envolvidos no curso para obter informações cruciais e esclarecer os eventos que levaram à tragédia.

O capitão Daniel Alves Moura foi indiciado por homicídio com dolo eventual, quando o acusado assume o risco de matar. Já o soldado Kayk Gomes foi indiciado por maus-tratos.

O inquérito já foi encaminhado para a 11ª Vara Criminal Especializada de Justiça Militar Estadual, que é composta pelo Conselho Permanente de Justiça Militar, que julga os praças, e pelo Conselho Especial da Justiça Militar, que julga os oficiais. Ambos os Conselhos são presididos pelo juiz Marcos Faleiros da Silva.

Em nota, o Corpo de Bombeiros confirmou a finalização do Inquérito Policial Militar e informou que foi concluído que “há indícios de crime militar na conduta dos três bombeiros investigados”. O caso, que tramita em sigilo, agora passa a ser conduzido pelo Ministério Público Estadual.

Morte de aluno

Lucas Veloso Peres, 28 anos, que é natural de Goiás, estava em Cuiabá participando do curso de formação de soldados do Corpo de Bombeiros. Ele morreu na manhã do dia 27 de fevereiro, após sofrer uma parada cardíaca durante um treinamento da corporação na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.

O soldado Veloso chegou a ser socorrido e encaminhado para o Hospital H-Bento, no Centro Norte de Cuiabá, mas não resistiu e morreu.

A família do bombeiro militar é de Caiapônia (GO) – e ele estava morando sozinho em Cuiabá, para fazer o curso. A aula em que a morte ocorreu, segundo o delegado Nilson Farias, era de instrução de salvamento.

O Corpo de Bombeiros não se pronunciou oficialmente. Porém, testemunhas afirmam que Lucas teria sido afogado várias vezes durante o treinamento, os chamados “caldos”.

O laudo realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) atestou que a causa da morte do aluno bombeiro foi afogamento.

O inquérito já foi encaminhado para a 11ª Vara da Justiça Militar e deve ser analisado pelo promotor de Justiça. Apenas quando o MP oferecer denúncia, e esta for recebida, os militares indiciados se tornarão réus.

Fonte: odocumento

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