Trabalhadores da indústria de soja da Argentina entram em greve por salários


BUENOS AIRES, 6 de agosto (Reuters) – Dois sindicatos de trabalhadores de fábricas de óleo de soja na Argentina anunciaram uma greve reivindicando aumento de salários na terça-feira (6), interrompendo as atividades em um dos maiores centros exportadores de soja processada do mundo.

A potência agrícola Argentina é uma das principais fornecedoras globais do derivado de oleaginosas, amplamente utilizado em diversos setores para produtos que vão de alimentos a biodiesel.

“Uma greve conjunta foi iniciada em todas as fábricas de óleo de soja do país… devido à falta de acordo na negociação coletiva sobre salários”, disseram a SOEA e a Federação dos Trabalhadores da Indústria de Oleaginosas no comunicado.

Os dois sindicatos lançaram a greve na terça-feira cedo após se reunirem com empresas do setor, incluindo a câmara da indústria de oleaginosas CIARA, para exigir salários mais altos para seus trabalhadores. Mas as partes não conseguiram chegar a um acordo.

Embora a inflação de três dígitos esteja diminuindo na Argentina enquanto o país enfrenta uma crise econômica prolongada, dados oficiais mostram que os preços ao consumidor ainda subiram 80% apenas no primeiro semestre deste ano.

“Começamos bem, há total conformidade”, disse o secretário da SOEA, Martin Morales, à Reuters, acrescentando que, ao longo do dia, os sindicatos discutiriam quanto tempo a greve duraria.

O chefe do CIARA, Gustavo Idigoras, disse em entrevista que a greve paralisou as atividades em todas as unidades de processamento de soja do país sul-americano.

Reportagem de Maximilian Heath; Redação de Natalia Siniawski; Edição de Gabriel Araujo e Josie Kao

Fonte: noticiasagricolas

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