A Toyota está prestes a anunciar, na próxima terça-feira (5), em sua fábrica de Sorocaba (SP), um ciclo de investimentos de R$ 11 bilhões para o Brasil nos próximos anos. Pelo menos é o que diz o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, em sua conta no X (antigo Twitter).
Alckmin afirmou que a fabricante japonesa, em “mais uma conquista do Brasil e do governo do Presidente Lula (…), anunciará investimentos de R$ 11 bi[lhões] no país nos próximos anos, gerando 2 mil empregos, com previsão de lançamento de novos modelos”. O vice-presidente também declarou que o anúncio se dará “graças aos programas Mover e Combustível do Futuro, do Governo Federal”.
O primeiro programa é a renomeação de uma nova fase do antigo programa Rota 2030, que estipula subsídios fiscais para o fomento de pesquisa e desenvolvimento local em novas tecnologias, redução de emissões veiculares e produção local. Já o segundo foca na criação de combustíveis mais sustentáveis e na eletrificação da frota, através de soluções como biocombustíveis (caso do etanol) e veículos híbridos flex.
É o caso da Toyota, primeira montadora instalada no Brasil a lançar uma motorização híbrida flex, presente hoje nos irmão Corolla e Corolla Cross. “A Toyota está no Brasil há 66 anos e vem contribuindo enormemente para o adensamento das nossas cadeias produtivas. Seu anúncio é uma demonstração clara da confiança dessa grande empresa japonesa em nossa economia”, completou Alckmin.
O vice-presidente não deixou claro, mas é possível que a Toyota faça como a Volkswagen e resolva aglutinar nesse aporte de R$ 11 bilhões valores de investimentos que já haviam sido anunciados antes. Ele deve contemplar pelo menos um novo SUV, uma inédita caminhonete, a renovação e troca de geração de produtos já existentes e pelos menos dois novos motores híbridos flex.
Por exemplo, a fabricante já havia prometido, em abril do ano passado, R$ 1,7 bilhão para lançar no Brasil um inédito modelo compacto com motor híbrido flex, além de produzir no Brasil esse motor. Esse investimento deve ser aglutinado no novo aporte a ser divulgado pela marca. O lançamento desse produto ocorrerá no fim deste ano.
Autoesporte pode afirmar que se trata do SUV Yaris Cross, já lançado na Ásia e testado em primeira mão por nossa reportagem. Seu motor é um 1.5 aspirado de quatro cilindros, que representa uma evolução do atual propulsor que equipa a dupla Yaris e Yaris Sedan no Brasil. O modelo será lançado em versões apenas 1.5 flex ou 1.5 híbrida flex. O conjunto motriz eletrificado também será montado no Brasil, na fábrica de Porto Feliz (SP), ao lado de Sorocaba.
Outros R$ 63 milhões serão aplicados na reestilização de meia vida do Corolla Cross, SUV compacto-médio que ganhará este visual no Brasil ano que ve, além de novas tecnologias como freio de estacionamento eletrônico. A previsão é para 2025. Nesse mesmo ano, chega uma renovação da picape média Hilux e do SUV de sete lugares SW4, produzidos na Argentina, com direito a motor 2.8 turbodiesel híbrido leve de 48 Volts. Para ambos, espera-se pelo menos mais R$ 200 milhões.
Para 2026, a Toyota prepara uma inédita picape intermediária derivada da plataforma TNGA-C de Corolla e Corolla Cross. Falamos sobre ela neste outro artigo. Ainda sem nome definido, ela deve utilizar um motor híbrido flex plug-in (com recarga externa), que também já vem sendo desenvolvido pela empresa japonesa.
Para tanto, a fabricante vem usando como mula um protótipo do SUV médio RAV4 PHEV, dotado de um motor 2.5 aspirado de ciclo Atkinson aliado a dois motores elétricos tracionadores, um dianteiro e um traseiro, formando tração nas quatro rodas. A potência combinada chega a 306 cv e o torque máximo é de 27.5 kgfm. No RAV4 PHEV, o conjunto de baterias tem 18,1 kWh de capacidade.
Esse mesmo motor híbrido plug-in flex da Toyota poderá ser aproveitado por futuras gerações da dupla Corolla e Corolla Cross, ou até mesmo de Hilux e SW4. Da mesma forma, o motor 1.5 híbrido flex do Yaris Cross pode pintar em uma eventual nova geração da dupla Yaris e Yaris Sedan (que já existe na Ásia como Yaris Ativ), que também estaria em estudo.
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Fonte: direitonews
