O Toyota Etios foi lançado no Brasil em setembro de 2012 com a tarefa de introduzir a marca japonesa no segmento de compactos populares no país. Projetado para atender mercados em desenvolvimento no leste asiático, o Etios estreou praticamente ao mesmo tempo que Chevrolet Onix e Hyundai HB20, ambos mais refinados em acabamento e ergonomia, que acabaram ofuscando as qualidades do pequeno Toyota.
Apesar das críticas sobre o seu desenho – considerado defasado para a época – e a baixa qualidade dos materiais do acabamento interno, o Etios cativa os seus proprietários pela mecânica robusta, dirigibilidade muito bem acertada e motores eficientes.
Embora seja um hatchback, o Etios também é lembrado pelo ótimo espaço interno. Seus 3,77 metros de comprimento, 1,70 m de largura, 1,51 m de altura e 2,46 m de distância entre-eixos favorecem na hora de estacionar em vagas mais apertadas. O porta-malas tem 270 litros de capacidade.
O compacto foi comercializado inicialmente com a motorização 1.3 na versão de entrada (que não tinha nome) e nas configurações X e XS. A topo de linha XLS era a única equipada com o propulsor de 1,5 litro. Os dois motores eram flex, naturalmente aspirados e com duplo comando das 16 válvulas. O 1.3 entregava 90 cv de potência e 12,8 kgfm de torque, enquanto o 1.5 gerava 96,5 cv e 13,9 kgfm.
As primeiras mudanças vieram em 2013, na linha 2014, que trazia painel de instrumentos com grafismo azulado e disponibilizava o motor 1.5 para a versão XS.
Em 2013, a linha Etios era ampliada com a versão Cross, de proposta aventureira, caracterizada pelos para-choques com apliques exclusivos, molduras nos para-lamas e racks no teto. Porém, esses adereços resultaram em críticas relacionadas ao polêmico visual do compacto.
No ano seguinte, em 2014, era lançada a nova versão topo de linha Platinum, que tinha melhorias no acabamento, central multimídia com TV digital e volante com base achatada e revestido de couro herdado do Corolla. A partir desse ano, as versões básicas do Etios passaram a ser equipadas de série com ar-condicionado e direção elétrica, antes oferecidos como opcionais.
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Desde a sua estreia, o Toyota Etios era ofertado somente com câmbio manual de cinco marchas. Em 2016, o compacto recebeu as novidades mais importantes de sua trajetória no Brasil. Os motores 1.3 e 1.5 ficaram mais potentes com a introdução do variador de fase do duplo comando de válvulas (98 cv e 107 cv, respectivamente) e a transmissão manual passou a ter seis marchas.
Além disso, a aguardada caixa automática de quatro marchas da japonesa Aisin chegava para posicionar o Etios como um dos carros mais baratos com esse tipo de câmbio. Direção elétrica e suspensão também foram melhorados. O interior passava a ser equipado com o painel digital do híbrido Prius, enquanto a versão Platinum estreava a dianteira retocada – visual que seria estendido às demais configurações em 2017.
Em 2018, as vendas do Etios já apresentavam uma queda em relação aos anos anteriores. A Toyota reposicionou o modelo no mercado ao tirar de linha as versões XLS e Platinum com câmbio manual. Os controles de estabilidade e tração e o assistente de partida em rampa foram incorporados na linha 2019, que deixou de oferecer a versão Cross.
Em 2019, o compacto estava sendo vendido somente nas novas versões X e X Plus, uma vez que as suas vendas já estavam comprometidas com a chegada do Yaris, modelo visualmente mais moderno e com equipamentos inexistentes no Etios.
Em seu último ano completo de vendas, o Etios recebeu na versão X Plus, uma nova central multimídia com espelhamento de telefones celulares por meio dos sistemas Android Auto e Apple CarPlay. Durante o ano de 2020, o Etios hatch vendeu apenas 8.699 unidades.
A Toyota anunciou o fim das vendas do Etios no Brasil em março de 2021, com o objetivo de priorizar o Yaris e abrir espaço para a produção do Corolla Cross. O Etios seguiu sendo produzido em Sorocaba (SP) até setembro de 2023 para atender as exportações.
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Mesmo fora de linha, o Toyota Etios é uma opção interessante para quem está com o orçamento mais apertado e não se importa em adquirir um carro que não está mais em produção. Além disso, é agradável de guiar por combinar desempenho ágil na cidade (favorecido por seu baixo peso inferior a uma tonelada), direção elétrica leve e suspensões bem calibradas.
O consumo comedido de combustível é um dos pontos positivos mais comentados pelos donos do modelo, assim como a mecânica que honra a fama de confiabilidade da Toyota. As raras manutenções não costumam ser complicadas e as peças são encontradas com facilidade.
Se a grana não estiver tão apertada, evite as versões de entrada com motor 1.3, pois são menos equipadas. As melhores opções são as variantes equipadas com o 1.5, que trazem mais itens de série e entregam desempenho superior sem comprometer o consumo de combustível.
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Fonte: direitonews
