Toyota Corolla Hybrid: 5 razões para comprar e 5 motivos para pensar bem


O Toyota Corolla Hybrid completa seis anos de mercado neste semestre. Foi um dos responsáveis por popularizar carros desta categoria, ao lado do irmão Corolla Cross, que chegou dois anos depois. Mesmo após o lançamento de concorrentes chineses, o sedã médio japonês mantém seu status e atrai interesse dos consumidores.

Mas será que ainda vale a pena comprar um Toyota Corolla Hybrid, disponível somente na versão Altis Premium, por R$ 199.990? É o que iremos descobrir analisando o que há de bom e de ruim no modelo. Confira cinco pontos positivos e outros cinco negativos do sedã médio mais vendido do país.

Por que não começar abordando a melhor característica do Corolla híbrido? O sedã traz um eficiente motor 1.8 flex que funciona com uma unidade elétrica alimentada por pequena bateria de 1,3 kWh. Juntos, desenvolvem 122 cv de potência, mas o torque combinado nunca foi divulgado. O motor a combustão entrega 14,5 kgfm, enquanto a unidade elétrica tem 16,6 kgfm.

Trata-se de um conjunto híbrido paralelo (HEV), onde o sistema elétrico reaproveita frenagens e a própria energia térmica do motor a combustão para recarregar a bateria. Por isso, o Corolla tem autonomia muito baixa em modo EV, mas o consumo de combustível é excelente.

Segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), o Toyota Corolla híbrido pode marcar 17,5 km/l na cidade e 15,2 km/l na estrada com gasolina. Quando abastecido com etanol, faz 12,5 km/l em circuito urbano e 10,7 km/l em trajeto rodoviário. Este resultado confere ao sedã autonomia máxima de 735 km.

O conforto é outra qualidade do Corolla. Destaque para o câmbio automático do tipo transeixo, que coordena o ótimo entrosamento dos motores a combustão e elétrico. Outra característica interessante é a suspensão, que aparenta ter sido meticulosamente trabalhada para proporcionar um condução sem muitas trepidações.

O curso dos amortecedores é adequado para um carro urbano, evitando que a carroceria toque no chão ao passar por lombadas. Ainda assim, exige cuidado em valetas ou entradas de garagem mais íngremes. Nas curvas, o sedã também se mostra suficientemente firme para não pender a carroceria no sentido oposto.

Já o isolamento acústico, que faz boa vedação ao filtrar os sons externos, não consegue mitigar a emissão sonora do motor 1.8. Isso principalmente quando o giro está elevado, nas situações de recarga da bateria.

A qualidade do acabamento é um tópico em que o Corolla Cross escorrega. O sedã médio, por sua vez, tem interior bem mais caprichado. Há extenso uso de materiais emborrachados, couro e costuras aparentes — e mesmo onde o plástico duro aparece, a qualidade inspira solidez. Neste quesito, o modelo recebeu tratamento premium.

Até as portas traseiras são revestidas com material emborrachado na região superior, algo que se tornou raro nos carros nacionais. Por fim, destaco também a forração, pois o carpete que reveste a cabine e o porta-malas traz a textura de um tecido sintético.

Não restam muitos sedãs médios no Brasil para comparação, mas, mesmo assim, o Corolla tem o maior porta-malas da categoria. Ele dispõe de 470 litros, contra 405 l do Caoa Chery Arrizo 6 Pro Hybrid, 450 l do BYD King e 466 l do Nissan Sentra. A tampa tem abertura “pescoço de ganso” que prejudica um pouco a amplitude do compartimento.

O Toyota Corolla pode chegar a 10 anos de garantia. É um novo programa de benefícios da marca japonesa, ativado automaticamente quando o dono do sedã realiza revisões programadas na rede autorizada após o término do período inicial de cinco anos de garantia de fábrica.

No caso do sistema híbrido, a garantia é de oito anos ou 200.000 km. Após este período, a cobertura poderá ser renovada por mais 12 meses ou 10.000 km, até o limite máximo de 10 anos ou 200.000 km.

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A garantia de quase uma década corrobora com a reputação de “inquebrável” do Corolla. O sedã é reconhecido mundialmente por passar longe das oficinas e quase não dar dor de cabeça aos donos.

Econômico e bom de guiar, o sedã escorrega quanto ao desempenho. Pisando fundo, acelera de 0 a 100 km/h em longos 12 segundos. Além disso, o Corolla sofre em retomadas de velocidade, exigindo que o motorista se prepare com muita antecedência para simples ultrapassagens.

Com mais pessoas a bordo, o Corolla tem dificuldade de enfrentar subidas, mesmo com o empurrãozinho extra proporcionado pelo motor elétrico. Seus 122 cv de potência já são insuficientes, sendo algo que a marca precisa corrigir na próxima geração. Isso deve ocorrer com a troca do sistema híbrido paralelo (HEV) por um plug-in (PHEV).

Todas as versões do Corolla oferecem apenas o freio de estacionamento convencional, deixando o acionamento elétrico restrito ao SUV médio Corolla Cross. É um recurso que faz falta por oferecer maior praticidade, segurança e conforto ao motorista. Além disso, sua adoção libera espaço no console do carro, que poderia ser utilizado para um novo porta-objetos, por exemplo.

A Toyota melhorou a resolução e a usabilidade de sua central multimídia. O sistema oferece Android Auto e Apple CarPlay sem fio, mas a tela de 10 polegadas continua inferior em comparação com marcas chinesas. O rival King, por exemplo, tem a famosa tela giratória de 12,8 polegadas.

Indo além, temos ainda uma câmera de ré de baixa qualidade. O King faz um retrato mais fiel dos obstáculos traseiros e oferece de lambuja visão 360°. De modo geral, é mais fácil de manobrar e estacionar o BYD.

Os interessados em adquirir o Corolla híbrido devem preparar o bolso, pois o modelo tem apólices de seguro salgadas. No Qual Comprar 2025, o superguia da Autoesporte que avaliou mais de 180 carros, a cobertura custa R$ 6.191 para o perfil feminino e R$ 4.014 para o masculino.

É mais do que o BYD King, seu principal concorrente, que tem apólices de R$ 3.404 para mulheres e R$ 3.025 para homens.

Você não esperava que este seria um tópico negativo para o Corolla, tão reconhecido pela baixa depreciação. De acordo com o Qual Comprar 2025, o sedã híbrido perde 9,7% de seu valor no período de um ano, enquanto o BYD King tem depreciação de 8,7%. Já o Caoa Chery Arrizo 6 tem desvalorização de 5,9%.

De qualquer forma, o resultado é melhor que o do Corolla 2.0, que perde 12,9% de seu valor de compra após um ano de uso.

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Fonte: direitonews

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