Encontrar um Corolla Cross XR nas concessionárias da Toyota não tem sido nada fácil nos últimos meses. Desde o fim de 2024, quando a marca fez uma campanha com bônus de 18% na venda direta do modelo, a configuração de entrada do SUV médio passou a ser peça rara nas lojas.
Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), nos meses de fevereiro e março deste ano, o Corolla Cross teve mais de 11 mil unidades vendidas, ficando à frente dos rivais de Jeep Compass e Caoa Chery Tiggo 7. No acumulado do ano já são 19.242 licenciamentos — parte deles, claro, da versão XR.
De acordo com vendedores ouvidos pela Autoesporte, as poucas unidades da opção de entrada que aparecem no showroom já estão faturadas e aguardam a entrega para clientes da venda direta. Ou seja, taxistas, pessoas com deficiência (PCDs) e empresas que compraram a versão com descontos e bônus.
Nessa condição, o modelo chegou a ser vendido por menos de R$ 120 mil — embora seu preço sugerido seja de R$ 179.190. Apesar da redução, a espera pela entrega em alguns desses casos ultrapassou os 90 dias. Será que vale a espera? Para responder a essa pergunta, fomos até uma concessionária da Toyota na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde uma unidade da versão XR já faturada aguardava a retirada pelo comprador.
A versão mais barata do Toyota Corolla Cross não é nada básica na sua lista de equipamentos. O ponto alto nesse aspecto é o pacote de segurança Toyota Safety Sense. O conjunto inclui sistemas como o piloto automático adaptativo (ACC), assistente de pré-colisão frontal com alerta sonoro e visual, frenagem automática de emergência, sistema de permanência em faixa e farol alto automático. A versão tem também sete airbags (frontais, laterais, cortina e de joelhos para o motorista).
Assim como a lista de itens de segurança, o visual não é modesto como outras alternativas de entrada. A versão tem retrovisores e maçanetas pintados na cor da carroceria e rodas de liga leve aro 17 polegadas exclusivas – nas demais versões, as rodas têm aro 18 e pintura em preto. A iluminação dianteira é toda em LED e inclui faróis de neblina. Na traseira, as lanternas têm as luzes de freio e de ré em LED.
Mesmo sendo uma versão de entrada, o Corolla Cross XR tem boas credenciais quando o assunto é acabamento interno. O painel, as portas e o console têm revestimento sensível ao toque e costuras contrastantes. O volante multifuncional tem acabamento em couro com costuras em branco. Há pouca variedade de texturas, é verdade, mas o aspecto geral ainda é positivo.
A versão só perde pontos por ter os bancos revestidos apenas com tecido — nas demais versões, o acabamento é feito em couro. O material mais simples também é usado nos apoios de braço nas portas e no console central.
Na cabine, o destaque vai para a central multimídia de 10 polegadas, com suporte para Android Auto e Apple Car Play sem fio, bem como para o painel de instrumentos com tela TFT de 7 polegadas. Vale mencionar que o cluster usado nas demais versões tem 12,3 polegadas.
Completam a lista de destaques o ar-condicionado digital, com saída para o banco de trás, a câmera de ré e os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros. Um pacote bem interessante para uma versão básica.
O Corolla Cross é elogiado pelo seu espaço interno. São 4,46 m de comprimento, 1,82 m de largura e 2,64 m de entre-eixos. O porta-malas é bem servido e pode acomodar até 440 litros de bagagens.
O conjunto mecânico usado na opção de entrada é o mesmo que aparece nas demais versões a combustão. A versão tem o motor aspirado 2.0 Dual VVT-ie DOHC capaz de render até 175 cv de potência a 6.600 rpm com etanol.
Quando abastecido com gasolina, a potência cai para 167 cv. O torque é o mesmo nos dois combustíveis: 21,3 kgfm a 4.400 rpm. Já a transmissão é automática CVT Direct Shift que simula 10 marchas.
Com a dupla, o modelo tem consumo de 8,2 km/l na cidade e 9,3 km/l na estrada abastecido com etanol. Ao usar gasolina, a média na cidade sobe para 11,3 km/l e 13,3 km/l na estrada.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Fonte: direitonews
