‘Todo apoio por trás’: suporte das Forças Armadas garantiu metade das medalhas brasileiras em Paris


Para falar sobre a importância das Forças Armadas no desenvolvimento desses talentos, a Sputnik Brasil conversou com o contra-almirante fuzileiro naval Cláudio Leite, comandante do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), no Rio de Janeiro.

Programa Olímpico da Marinha

O PAAR tem braço dentro de todas as três forças. Na força naval, é o Programa Olímpico da Marinha (Prolim), coordenado por Leite. O contra-almirante explica que os atletas que ingressam no programa se tornam militares temporários por um período máximo de oito anos, o limite previsto em lei.

“Nesse tempo eles vão se dedicar ao treinamento esportivo, evoluir e manter o seu desempenho.”

Selecionados por meio de edital público, o atleta selecionado para o programa recebe um “apoio muito forte da Marinha”.
Não só o desportista pode utilizar as instalações de treinamento do Cefan, como também entrar na força com a patente de terceiro-sargento, recebendo os vencimentos da categoria “que ficam líquidos entre R$ 4 mil e R$ 5 mil”, afirma Leite.
Além disso, ele tem direito a todo o apoio de saúde que a Marinha oferece:
“[…] médico, odontológico, fisioterapeuta, psicológico e psicologia desportiva.” Caso queira, o atleta também pode escolher se hospedar no Cefan e praticar com os treinadores militares do centro.

“Esse apoio da Marinha dá muita tranquilidade para ele poder focar somente no treinamento, sem se preocupar com essa parte logística que a Marinha fornece.”

Estar na força ainda dá aos atletas a chance de participar dos Jogos Mundiais Militares, “uma espécie de Olimpíada do mundo militar”, destaca o comandante.
A competição, que também acontece de quatro em quatro anos, concede ao atleta a oportunidade de comparar seu progresso e pôr à prova suas habilidades em um palco mundial antes das Olimpíadas de Verão.
“O treinamento militar e o treinamento olímpico, em linhas gerais, têm suas semelhanças”, diz Leite. Atletas de alto rendimento, marinheiros e fuzileiros têm “virtudes semelhantes”, como “disciplina, coragem, tenacidade, dedicação, abnegação”.

“Sem essas qualidades, a pessoa não será um bom marinheiro e essa pessoa também não será um bom atleta.”

Laura Amaro: uma joia da Marinha

A competidora de levantamento de peso olímpico, ou halterofilismo, Laura Amaro é “um caso muito especial” para a Marinha, ressalta Leite.
A sargento, que vai disputar na categoria de 81 kg no dia 10 de agosto, começou sua trajetória esportiva no Programa Forças no Esporte (Profesp), desenvolvido pelo Ministério da Defesa e implementado pelas Forças Armadas. De cunho social, o programa democratiza o acesso aos esportes para crianças em áreas de vulnerabilidade social.
Desde pequena, Amaro treina no Cefan, diz o contra-almirante. “Hoje, nove anos depois do início dos seus treinos, ela chegou ao topo do seu esporte competindo nos Jogos Olímpicos.”
“A sargento Laura Amaro serve de grande exemplo para todas as mulheres militares, todas as mulheres mais jovens que estão começando no esporte, muitas vezes em um programa social, e que sonham alcançar os mesmos objetivos que ela alcançou.”
O contra-almirante destaca que a Marinha foi a primeira força a receber mulheres em seu quadro. De 1980 até a atualidade, três mulheres — duas médicas e uma engenheira — chegaram ao posto de contra-almirante. “Poucos chegam nesse posto”, sublinha Leite.
“E a Marinha recentemente abriu as últimas portas que faltavam para o ingresso total da mulher em todas as atividades da Marinha do Brasil.” No último dia 5 de julho, a Marinha formou sua primeira turma de fuzileiros navais com participação feminina e já abriu o edital para a próxima.

“A Marinha entende já, há muito tempo, que competência e dedicação são atributos encontrados tanto nos homens como nas mulheres.”

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Fonte: sputniknewsbrasil

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