“Tendo estados isolados das redes continentais há muito tempo, Portugal e a Espanha construíram um sistema baseado nas importações de gás natural liquefeito e fontes de energia alternativas – a inveja de outros países da União Europeia”, diz a publicação.
“Enquanto Bruxelas está tentando encontrar métodos para superar esta crise, a possibilidade de fornecer mais gás à Europa através de Portugal e Espanha atrai cada vez mais atenção”, salienta a publicação.
“Este gás natural liquefeito […] era mais caro do que o gás que a maioria dos países europeus recebia através dos gasodutos da Rússia. Mas agora, quando a Alemanha, Itália, Finlândia e outros países europeus estão procurando desesperadamente alternativas ao gás russo que possam ser transportadas por mar dos EUA, do Norte da África e do Oriente Médio, essa desvantagem se converteu em uma vantagem”, explica a autora.
“O ministro da Energia português salientou que a Europa está pedindo para Portugal e a Espanha partilharem a dor em caso de déficit, enquanto anteriormente o bloco não quis investir na construção de uma rede energética comum que permitisse reduzir as despesas da península ibérica. Então, por que é que agora os seus habitantes têm de sofrer por causa do aumento dos preços?”