Teste Haval H6 PHEV: o que gostamos e o que não curtimos no SUV depois de dois meses


O Haval H6 PHEV completou dois meses em nossa garagem. Após mais de 3 mil quilômetros de convívio diário com a equipe de Autoesporte, algumas características do SUV chinês começam a ficar mais evidentes.

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A percepção geral é de que o SUV vendido por R$ 269 mil está acima da média do segmento. Porém, há alguns pequenos incômodos. Com base em nossa experiência com o H6 PHEV, listamos o que mais gostamos e o que não curtimos tanto no modelo. Confira:

Com 4,68 m de comprimento, o Haval H6 está no limite dos SUVs médios. Como comparação, ele é apenas 9 cm mais curto que um Jeep Commander ou 4 cm a menos do que o Caoa Chery Tiggo 8 Pro Hybrid, considerado rival direto. No entanto, os dois concorrentes têm sete lugares, o que representa uma vantagem para as famílias maiores.

Se esse não é o caso, o Haval H6 está, literalmente, de bom tamanho. Com 2,74 m de entre-eixos, o espaço para pernas e cabeça é excelente em qualquer posição. O assoalho traseiro não chega a ser plano, mas também não representa incômodo para os ocupantes. Se houver apenas quatro ocupantes, ainda é possível usar o encosto central como apoio de braço e porta-copos.

Exatamente por não ter uma terceira fileira de bancos, o H6 tem porta-malas generosíssimo. São 560 litros.

O Haval H6 é oferecido atualmente com dois tipos de tecnologia híbrida. A unidade que está na garagem de Autoesporte é a PHEV. Isso significa que tem bateria maior, dois motores elétricos (um em cada eixo) e maior autonomia usando apenas eletricidade. E que autonomia!

Graças à bateria de 34 kWh (pouco menor do que a de um Hyundai Kona), o H6 é capaz de rodar 170 km no modo elétrico. Considerando que o brasileiro roda em média 41 km por dia (15 mil km no ano), é possível ficar quase todos os dias úteis de uma semana sem precisar recarregar. Incluindo o tanque de 55 litros de gasolina, a autonomia passa facilmente de 700 km.

Porém, se você souber usar a estrutura de carregamento ainda grátis do Brasil, poderá passar semanas sem precisar gastar um centavo com combustível, seja ele gasolina ou energia elétrica). As últimas recargas do “nosso” H6, por exemplo, foram feitas no edifício da Editora Globo e em um centro automotivo.

“Deixei o Haval com pouco 5 km de autonomia no modo elétrico carregando a 6,6 kW em uma oficina da Porto Seguro. Quatro horas depois, retornei e a bateria estava 80% carregada. Ou seja, o tempo divulgado pela GWM de 5 horas para carga total faz sentido”. disse o editor André Paixão.

Câmeras e sensores de estacionamento são daqueles recursos que, quando conhecemos, fica difícil viver sem – mesmo em carros menores, dão aquela força na hora de manobrar. Em modelos mais avantajados, então…

Só que o Haval H6 vai um passinho adiante e, além de oferecer câmeras 360°, também traz um recurso incomum: conforme o carro se aproxima de um obstáculo, um indicador mostra a distância em centímetros até o objeto. Assim, o condutor tem a noção perfeita de quão longe está de uma eventual colisão.

O recurso também é prático quando a tampa do porta-malas precisa ser aberta. Sabendo a distância, o motorista pode calcular exatamente onde deve parar para conseguir abrir o compartimento.

Uma crítica unânime ao Haval H6 é sobre a modularidade dos freios. Todos os motoristas que rodaram com o SUV reclamaram da pouca eficácia e da sensibilidade no pedal, ainda que o modelo seja equipado com discos nas quatro rodas. Como a rotatividade de carros na redação é grande, as comparações são inevitáveis.

“Nos meus primeiros quilômetros dirigindo o Haval, percebi que o curso do freio ainda precisa de ajustes. Não se trata de uma frenagem progressiva, em que o SUV reage com o aumento da força aplicada no pedal do freio. Neste quesito, os rivais Corolla Cross e Tiggo 8 Pro Hybrid se mostram mais maduros e não despertam ansiedade sempre que o carro da frente se aproxima”, disse o repórter Cauê Lira.

Apesar de ter acabamento acima da média para o segmento, a cabine do H6 não escapou das críticas. A principal delas é relacionada à ergonomia. As portas USB estão posicionadas nas laterais do console. Assim, é preciso um certo grau de contorcionismo para acessar o local. Também falta uma saída do tipo USB-C.

Outro incômodo é para ajustar a ventilação do SUV médio. Ainda que tenha botões dedicados para ligar e desligar o ar-condicionado, é preciso realizar mais comandos na tela da central multimídia para conseguir ajustar temperatura, intensidade e direção do vento.

Pior se o celular do motorista estiver conectado via Android Auto e Apple CarPlay. Nesse caso, é preciso um passo extra para se refrescar.

Nesse caso, a solução existe e é relativamente simples. Bastaria uma barra lateral fixa na tela da central para ajustar o ar-condicionado quando o celular está pareado. Fora isso, a eficácia do sistema em refrigerar a cabine é exemplar.

Continue acompanhando a jornada do Haval H6 com a Autoesporte. Nas próximas semanas, traremos mais informações sobre o consumo e dúvidas sobre a propriedade de um carro híbrido.

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Fonte: direitonews

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