A GWM está ganhando notoriedade no Brasil. O SUV Haval H6, carro-chefe da fabricante por aqui, tem incomodado o concorrente Toyota Corolla Cross com a versão híbrida convencional (HEV) e até modelos premium com as configurações híbridas plug-in.
Aqui na Autoesporte, você já conferiu os detalhes que mais agradaram e os que mais desagradaram do Haval H6, que completou três meses de testes com a redação. Também falamos de dimensões, consumo e equipamentos do SUV da fabricante chinesa. Mas o que ainda tem chamado atenção durante esse período é o comportamento da central multimídia.
Para esse dispositivo, o Haval H6 oferece uma tela de 12,3 polegadas que faz conexão de celulares sem fio, comanda o ar-condicionado e até os modos de condução do SUV. Mas o equipamento trava, e não é pouco.
A conexão de celulares de forma wireless não apresenta dificuldades, e é realmente melhor realizar o espelhamento sem fio. Isso porque a entrada USB não é fácil de ser encontrada e é ruim para conectar.
Além disso, depois de fazer o emparelhamento, por vezes, a multimídia começa a “picotar” as músicas que eram tocadas, intercalando momentos de silêncio e outras com a melodia. Na tentativa de parar com as “travadas”, fiz a conexão com o cabo. No entanto, não melhorou, e o aplicativo de música chegou até a fechar no celular.
Não só isso. Aproveitar os recursos do iOS na tela para selecionar aplicativos como Waze ou Google Maps e escolher rotas nem sempre funciona. Em alguns momentos, a imagem congela e os usuários têm de esperar o sistema voltar sozinho. Afinal, o touch está travado e não há botões físicos para tentar retomar o controle – os do volante multifuncional não responderam.
Na situação, o sistema voltou depois de alguns minutos e aí foi possível retomar o controle, mas essas escorregadas atrapalham um pouco a usabilidade do sistema. Tirando (tudo) isso, o sistema operacional é intuitivo, funciona bem e costuma ser rápido em outros momentos.
O jogo de câmeras do Haval H6 é muito eficiente. Para ajudar na baliza, a multimídia reproduz a visão aérea com a câmera 360º e ainda tem a visão lateral, parecida com a dos Honda. Só que no modelo da GWM, os dois lados da carroceria do SUV são mostrados, e não só o direito.
O problema nesse caso é a aproximação da dianteira e traseira de outros objetos, ou carros, durante a manobra. Existe um auxílio interessante, que é uma espécie de régua, que vai indicando quanto de distância, em centímetros, o veículo está do objeto à frente. À medida em que vai se aproximando ou distanciando, o mostrador altera automaticamente.
O problema é que em momentos mais críticos de manobras, quando o SUV chega mais próximo aos objetos, a câmera muda e deixa de mostrar a visão dianteira/traseira (e até a régua). O que aparece é uma tela com visão superior, parecendo uma parede cinza, que não mostra uma distância real e que atrapalha a finalização de uma baliza, por exemplo.
Nesse caso, as câmeras poderiam mostrar imagens convencionais de aproximação. No caso, apontar para o carro/objeto. Isso, com o sensor de estacionamento, seriam o suficiente para auxiliar o motorista.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Fonte: direitonews