O BMW X1 2023 acaba de chegar ao Brasil em sua terceira geração, partindo de R$ 296.950 na versão de entrada sDrive18i e chegando a R$ 349.950 com pacote M Sport. Uma versão elétrica, chamada iX1, também está confirmada para o segundo semestre, e Autoesporte já acelerou o SUV na Alemanha (você pode conferir nossas primeiras impressões clicando aqui).
Voltando ao X1 a combustão, as primeiras unidades chegam às concessionárias brasileiras importadas da Alemanha. A produção em Araquari (SC) começa em abril, assim como a distribuição do modelo nacional. Além do novo SUV, a planta catarinense também produz o Série 3 e a dupla X3 e X4.
A geração é nova, mas os rivais são conhecidos. O X1 chega ao Brasil para peitar o Audi Q3, que parte de R$ 285.990 na versão Prestige e desde o ano passado é produzido em São José dos Pinhais (PR). O outro rival é o Mercedes-Benz GLA, que parte de R$ 348.900 e chega ao Brasil importado da Alemanha.
Talvez um leigo passe pela nova geração do X1 sem reparar nas mudanças. Colocando a nova geração lado a lado com o modelo antigo, vemos que o aspecto visual geral foi preservado. As principais atualizações estão no formato da grade, que está maior e com um design mais quadrado, e nos faróis full-LED, que agora são mais estreitos e têm novos grafismos.
Na traseira, o X1 resgata as lanternas da primeira geração, com um bloco lateral maior e um filete estreito invade a tampa do porta-malas. Isso deixou o novo SUV muito mais elegante, pois o formato das lanternas da geração anterior não era tão legal.
A impressão é de que a BMW perdeu a oportunidade de ousar mais no visual do novo X1. Talvez essa abordagem mais conservadora tenha sido escolhida após as várias críticas ao estilo do BMW X7, que estreou faróis divididos em dois blocos e uma carroceria mais quadrada.
O novo X1 mantém os 4,50 m de comprimento da geração anterior, mas tem 1,84 m de largura (2 cm a mais), 1,64 m de altura (5 cm extras) e 2,69 m de distância entre-eixos (+ 2 cm). A capacidade do porta-malas caiu de 505 litros para 476 litros.
A BMW foi conservadora no exterior, mas ousou bastante na hora de desenhar o interior do novo X1. O painel agora é minimalista e tem uma grande tela flutuante que serve como central multimídia e painel de instrumentos. Os comandos do ar-condicionado foram incorporados à tela para deixar o console mais limpo. Tudo depois do sucesso do iX…
O carregador por indução deixa o smartphone em pé e facilita a sua visualização, caso não esteja conectado à central pelo Android Auto ou Apple CarPlay. Os antigos controles giratórios pouco intuitivos para mexer no sistema sumiram, deixando o console flutuante bem mais limpo. Ali você encontrará apenas o seletor de modos de condução e os controles do câmbio.
Também vale destacar a qualidade dos materiais, que têm um toque bem primoroso e várias texturas interessantes. O acabamento que imita aço escovado nas saídas do ar-condicionado pode refletir o sol e ofuscar o motorista em alguns momentos.
O X1 chega ao Brasil com dois conjuntos mecânicos. A versão sDrive18i GP tem motor 1.5 turbo de três cilindros (o mesmo que equipa o Mini Cooper), capaz de desenvolver 156 cv de potência a 6.500 rpm e 23 kgfm de torque a 4.600 rpm. O câmbio é automatizado de sete marchas.
Essa é a configuração mais econômica, pois segundo o Inmetro, o X1 é capaz de aferir 11,4 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada. O SUV também pode chegar a 100 km/h em 9 segundos e atingir 215 km/h.
As versões X Line e M Sport têm motor 2.0 turbo de quatro cilindros, capaz de desenvolver 204 cv de potência e 30 kgfm de torque, também com câmbio automatizado de sete marchas. A única diferença entre elas fica por conta de paddle-shifts instalados atrás do volante da versão M Sport, que proporciona um “boost” temporário de potência e torque que deixa o SUV ainda mais esperto.
Apesar do incremento da versão esportiva, os números são exatamente os mesmos. O X1 2.0 leva 7,6 segundos para atingir 100 km/h e pode chegar a 236 km/h. O consumo de combustível, segundo o Inmetro, é de 10,7 km/l na cidade e 13 km/l na estrada.
Diferentemente da antiga geração, a BMW não pretende lançar uma versão flex para o novo X1. O SUV passará a ser vendido no Brasil apenas nas versões movidas a gasolina (e eletricidade).
O X1 continua sendo o SUV premium de entrada mais gostoso de dirigir. Sua direção é um pouco mais pesada na comparação com a do Audi Q3, mas transmite uma leitura clara e precisa do que acontece no asfalto. A excelente empunhadura do volante contribui para uma tocada mais esportiva.
Na versão M Sport, o X1 brinca com a realidade virtual ao projetar a imagem da câmera frontal com setas que indicam o caminho do GPS. O modelo mais caro também tem head-up display, que exibe as informações do computador de bordo direto no para-brisa.
O pacote de assistências inclui controle de cruzeiro adaptativo, sistema de frenagem de emergência, assistente de permanência em faixa, alerta de ponto cego e assistente de farol alto.
A suspensão está na intersecção perfeita entre conforto e esportividade. O novo SUV pode mitigar a rolagem da carroceria em curvas rápidas, ao mesmo tempo em que filtra os rebotes dos buracos na cabine. Nas estradas com asfalto ondulado, o X1 é capaz de sincronizar o movimento das molas de uma forma que mantenha a carroceria inerte.
A tendência é que o X1 continue sendo o SUV premium mais vendido do Brasil em sua nova geração. O utilitário manteve sua dirigibilidade aguçada e o visual que o consagrou, ainda que a marca tenha sido extremamente conservadora em algumas mudanças.
A cereja do bolo é a chegada da versão elétrica iX1, que virá ao Brasil no segundo semestre de 2023. Essa será a única versão importada da Alemanha, enquanto o resto da gama será produzida localmente.
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Fonte: direitonews