Tesla em modo autônomo matou motociclista nos EUA, diz polícia


Um Tesla em modo 100% autônomo foi responsável pela morte de um motociclista numa rodovia em Seattle (EUA), dizem as autoridades locais. De acordo com a polícia, o motorista de 56 anos usava o celular no momento em que seu carro, um Tesla Model S 2022, colidiu com o motociclista na rodovia. O rapaz de 28 anos morreu na hora, como aponta o laudo final. As informações são do site Reuters.

Este é o segundo acidente com vítima fatal envolvendo o polêmico sistema “Full Self-Driving” dos carros da marca em 2024.

+ Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte.

As autoridades identificaram que o veículo operava em modo autônomo após analisarem a central eletrônica. O proprietário foi indiciado por homicídio, pois a justiça americana determinou que o ato de estar atento ao trânsito é uma responsabilidade do motorista, independentemente do nível de automação do veículo. O fato do homem estar usando o celular no momento da colisão corroborou para a sentença.

Vale lembrar que os carros da Tesla têm dois modos para a condução autônoma. O “Full Self-Driving” pode mudar o veículo de direção e até tomar decisões automaticamente. Já o modo “Autopilot” é mais parecido com um controle de cruzeiro adaptativo, pois apenas mantém distância do veículo à frente. Muitos donos de Tesla confundem as configurações. O primeiro é como se fosse um complemento do segundo.

A Tesla ainda não se pronunciou especificamente sobre este caso e nem deu uma explicação sobre o motivo pelo qual o Model S não detectou o motociclista na via. A marca orienta que os proprietários estejam atentos a todo instante, mesmo com os modos “Full Self-Driving” ou “Autopilot” acionados.

Inclusive, o empresário e CEO da Tesla, Elon Musk, comemorou na última semana o avanço do desenvolvimento de seus novos carros autônomos. Os primeiros Tesla capazes de rodar sem qualquer supervisão humana devem aparecer nas ruas dos Estados Unidos no fim do ano.

O uso equivocado do modo autônomo causou outras situações perigosas. Em abril, Autoesporte repercutiu o caso em que um motorista dormiu ao volante de um Tesla na Suécia. O carro percorreu mais de 40 km sem qualquer intervenção humana. Ele foi indiciado por direção perigosa.

Outro caso recente envolveu uma falha no piloto automático. A câmera do sistema Full Self-Driving perdeu a visibilidade da pista por causa da forte neblina e quase causou uma colisão com um trem. Por sorte, o homem desviou dos trilhos, mas acabou atingindo a cancela à beira da pista.

Por mais que o controle do carro seja responsabilidade do motorista, chama atenção o fato do Tesla não desativar o modo autônomo em condições impróprias.

Muitos donos de Tesla pensam que os carros têm automação completa — o que não é verdade. Existem cinco níveis para a condução autônoma, e os carros da marca de Elon Musk são apenas de categoria 2 (por mais que tenham recursos de categoria 3). Confira abaixo:

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

Fonte: direitonews

Anteriores Gravidez após laqueadura não justifica indenização, decide TJ-SP
Próxima Com ano safra completo, desembolso do crédito rural chega a R$ 400,7 bilhões