Terra pode ter pelo menos 6 ‘miniluas’ a qualquer momento, afirmam astrônomos


Os detritos lunares são lançados ao espaço por impactos com a superfície lunar, e alguns acabam brevemente orbitando a Terra. O fenômeno é descrito como uma “dança de quadrilha”, com objetos mudando de trajetória em ciclos imprevisíveis. Estudos anteriores sugeriam que miniluas vinham do cinturão de asteroides, mas objetos como Kamo’oalewa e 2024 PT5 indicam uma possível origem lunar.
Kamo’oalewa, descoberto em 2016, demonstrou ser um fragmento da Lua que orbita o Sol em sincronia com a Terra. Já o 2024 PT5, observado mais recentemente, também tem características lunares. Esses dois casos levantaram a hipótese de que a Lua possa estar gerando suas próprias miniluas de maneira recorrente.
CC BY-SA 3.0 / Grebenkov / Earth with two moonsConcepção artística da Terra com duas luas, gerada em Celestia com o complemento de Eugene Stauffer

Concepção artística da Terra com duas luas, gerada em Celestia com o complemento de Eugene Stauffer - Sputnik Brasil, 1920, 14.07.2025

Concepção artística da Terra com duas luas, gerada em Celestia com o complemento de Eugene Stauffer
Com base em simulações, os cientistas estimam que até 6,5 dessas miniluas originadas da Lua possam estar orbitando a Terra ao mesmo tempo, com vida útil média de nove meses. No entanto, o número exato é difícil de prever, dada a enorme incerteza sobre o tamanho e a velocidade dos fragmentos lançados por colisões lunares.
Apesar das estimativas, Robert Jedicke, pesquisador da Universidade do Havaí e principal autor do estudo, alertou ao portal Space que os levantamentos telescópicos modernos não detectam tantos objetos como o previsto, o que sugere que os modelos podem estar superestimando sua frequência. Ainda assim, essas projeções são valiosas e podem ser ajustadas com base em novas observações.
Ilustração artística de dois buracos negros - Sputnik Brasil, 1920, 14.07.2025

Detectar miniluas exige que estejam muito próximas da Terra, o que as torna brilhantes, mas também rápidas demais para serem facilmente identificadas em levantamentos astronômicos. Seu movimento veloz gera rastros nas imagens, dificultando o trabalho dos algoritmos de análise.
Mesmo com os obstáculos, casos como o 2020 CD3 mostram que é possível registrar essas miniluas, abrindo espaço para futuras observações mais precisas. Uma vez detectadas, elas podem ser rastreadas com mais facilidade, ajudando a compreender sua origem e comportamento.
Além do valor científico, essas miniluas temporárias podem ter potencial comercial. Por estarem próximas da Terra, exigem pouco combustível para serem acessadas, o que as torna atrativas para empresas interessadas em mineração espacial. Estudos sobre esses objetos também podem revelar mais sobre a formação do Sistema Solar e o impacto de asteroides.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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