Teorema de Stephen Hawking é confirmado e amplia entendimento sobre buracos negros (VÍDEO)


Há dez anos, cientistas detectaram pela primeira vez ondas gravitacionais, confirmando uma previsão essencial da teoria da relatividade geral de Albert Einstein. Essa descoberta histórica inaugurou uma nova era na astronomia e rendeu o Prêmio Nobel de Física de 2017 aos pesquisadores da colaboração LIGO.
As ondas gravitacionais são ondulações no espaço-tempo causadas por eventos cósmicos extremos, como colisões de buracos negros ou fusões de estrelas de nêutrons. Elas viajam à velocidade da luz e foram observadas diretamente pela primeira vez em 2015, com o sinal GW150914, originado da fusão de dois buracos negros massivos a mais de um bilhão de anos-luz da Terra.
Desde então, mais de 300 sinais foram registrados pelos detectores LIGO, Virgo e KAGRA. Recentemente, essa colaboração internacional divulgou os resultados da quarta série de observações, dobrando o número de ondas gravitacionais conhecidas e ampliando significativamente o campo de estudo.
Para marcar o décimo aniversário da primeira detecção, cientistas anunciaram um novo sinal, GW250114, com características semelhantes ao GW150914. Graças aos avanços tecnológicos nos detectores, o novo sinal foi captado com muito mais clareza, permitindo testes mais precisos de teorias físicas complexas.
Impressão artística de uma estrela jovem ainda cercada por um disco protoplanetário no qual os planetas estão se formando - Sputnik Brasil, 1920, 30.08.2025

Essa nova observação possibilitou o teste mais rigoroso até hoje do teorema da área de Stephen Hawking, que afirma que a área do horizonte de eventos de um buraco negro nunca diminui. “Buracos negros não podem encolher“, dizia Hawking, e os dados recentes confirmam essa afirmação com alta precisão.
A teoria de Jacob Bekenstein complementa a de Hawking ao relacionar a área do buraco negro à sua entropia, reforçando a ideia de que, como a desordem do Universo aumenta, a área dos buracos negros também deve crescer. A nova medição valida essa conexão entre física quântica, relatividade e termodinâmica.
Os cientistas compararam as massas e os spins dos buracos negros antes e depois da colisão, e os resultados mostraram que a área do buraco negro final é maior, confirmando a Lei de Hawking sem margem para dúvida. Isso representa um marco na física teórica e na observação astronômica.
Com essas descobertas, abre-se caminho para testar outras teorias científicas ainda mais ousadas. Futuras observações de ondas gravitacionais podem ajudar a desvendar mistérios como a matéria escura e a energia escura, revelando aspectos desconhecidos do Universo e desafiando os limites do conhecimento atual.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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